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O homem, esse parasita

Ele se limita a espalhar os seus genes por aí, enquanto a fêmea cuida dos filhotes.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h50 - Publicado em 14 set 1999, 22h00
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  • Maria Fernanda Vomero

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    Em muitas espécies de aranha, o macho precisa ficar esperto depois do acasalamento – do contrário, será devorado pela parceira. Já entre os elefantes-marinhos, o líder do grupo tem à sua disposição um harém com dezenas de fêmeas. Seu dia-a-dia se resume a comer, dormir e fazer sexo. Mas existe algo em comum entre o romance estressante das aranhas e a rotina de sultão dos elefantes-marinhos. Nos dois casos, o papel do macho se resume ao de fornecedor dos espermatozóides.

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    Na natureza, a participação da fêmea na produção de um novo ser também varia, mas é sempre maior do que a do macho – a começar pelo fato de que é o óvulo que contém os nutrientes necessários para o desenvolvimento do embrião. Nas espécies que cuidam dos seus filhotes, é nas costas dela que essa tarefa recai. Nos mamíferos, ela não se limita a carregar o feto na barriga durante toda a gestação. É obrigada, além disso, a dar comida, carinho e segurança ao filhote até ele ficar pronto para ir à luta sozinho. Muitas vezes, a mamífera ainda tem de enfrentar a dura sina de ser mãe solteira, pois o parceiro some logo depois do acasalamento. Para que, então, existe o macho? Para garantir a reprodução sexual. Tanto é assim que algumas espécies, como os lagartos rabo-de-chicote, só têm fêmeas. Mas elas não praticam o sexo. Os filhotes nascem apenas dos óvulos. São cópias da mãe.

    E como o macho surgiu? Segundo alguns cientistas, o sexo masculino nasceu quando uma célula parasitária, ameaçada por uma mudança no meio-ambiente, resolveu transferir seu material genético para outra. “Assim começou a recombinação de genes”, explicou à SUPER o geneticista Crodowaldo Pavan, da Universidade de São Paulo.

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    O patife e o maridão

    Quando o assunto é a relação entre macho e fêmea, os oceanos abrigam duas espécies que encarnam extremos opostos. O rei dos boas-vidas é o peixe-diabo, um predador de aspecto repugnante que mora a mais de 2 000 metros de profundidade. O macho, muito menor do que a fêmea, passa sua existência acoplado à companheira, da qual suga todo o alimento de que precisa. Cada fêmea carrega, a tiracolo, dois ou três parceiros, cuja única utilidade é serem depósitos de espermatozóides. Já o cavalo-marinho é o maridão ideal. Além de permanecer fiel à esposa, ainda choca os ovos para ela.

    A turma da castidade

    Como alguns seres vivos se reproduzem sem sexo.

    As algas unicelulares se reproduzem por divisão. O cromossomo de uma alga se duplica e a célula se divide. As esponjas, animais assexuados, se reproduzem por brotamento. Um ramo que cresce no corpo do bicho se solta, fixa-se no chão e começa a crescer. Ele é uma cópia exata da esponja original.

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    Os lagartos rabo-de-chicote são todos fêmeas. Quando uma delas está em período fértil, outra fêmea a estimula a botar ovos. É uma falsa cópula. Nesse processo, conhecido como partenogênese, os óvulos – que só têm metade da carga genética do lagarto – duplicam seus cromossomos e começam a se dividir. O embrião é um clone da mãe.

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