Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

O que a ‘nova Terra’ tem de especial?

O planeta Proxima b, recém descoberto, tem tudo para ser uma versão plus do nosso: temperaturas que beiram os 30°C, água líquida, 30% maior... E o melhor: fica aqui do lado

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h59 - Publicado em 29 ago 2016, 20h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Na última quarta (24), uma notícia deixou de orelhas em pé tanto os amantes da ficção científica quanto os da ciência da vida real: astrônomos do European Southern Observatory, um dos maiores observatórios do mundo, anunciaram a descoberta de um planeta que pode ter muitas das condições necessárias aos surgimento e à evolução da vida. Batizado de Proxima b, ele orbita uma anã vermelha chamada Proxima Centauri – e já foi carinhosamente apelidado de nova Terra. Entenda por quê, e veja o que ele tem de bacana:

    Publicidade

    1. Ele está na distância perfeita de sua estrela
    O Proxima b está a 7,5 milhões de km de sua estrela-mãe, a Proxima Centauri. Isso é bem perto: é 5% da distância da Terra ao Sol. Mercúrio mesmo fica bem mais longe: a 57 milhões de km. 

    Toda essa proximidade pode parecer ruim, mas está tranquilo, está favorável, para o planeta recém-descoberto: sua estrela é bem mais fria e muito menor do que o Sol – tem menos de 15% do diâmetro dele (pouco maior que Júpiter). Isso compensa a proximidade. Isso significa que, no Proxima b, pode haver água líquida, o ingrediente básico para a vida. 

    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade

    2. A estrela dele vai viver muito mais do que o Sol
    A Proxima Centauri é uma anã vermelha que pertence à constelação do Centauro, e que provavelmente tem a mesma idade que o Sol. Mas as análises dos astrônomos mostram que a Proxima vai continuar brilhando – e “alimentando” Proxima b – por alguns bilhões de anos depois de o nosso sol morrer, o que vai acontecer daqui a 7 bilhões de anos. Ou seja: contando que o planeta seja mesmo habitável e que, um dia, seja alcançavel pelas nossas naves, poderemos nos mudarmos para lá para passar mais alguns bilhões com um sol para chamar de nosso. 

    3. O céu no planeta, provavelmente, é vermelho
    Se você chegasse em Proxima b, em vez do familiar céu azul aqui da Terra, você veria uma imensidão vermelha, como um por do sol eterno. Isso porque a luz da estrela é avermelhada.

    Continua após a publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade

    4. Ele está MUITO perto da gente
    Daqui até Proxima b, é um pulinho (pelo menos, em termos astronômicos): só 4,2 anos-luz (37 trilhões de km). Pode parecer bastante, mas os outros planetas semelhantes à Terra que nós já encontramos ficam bem mais longe: o Kapteyn b, na constelação de Pictor, está a quase 13 anos-luz de distância; o Wolf 1061 c, na constelação do Serpentário, fica a 14 anos-luz; e o GJ 667 C c, na constelação de Escorpião, a 22 anos-luz. De fato, a Proxima Centauri é a estrela que está mais perto do sistema solar – daí o nome da estrela, e o do planeta, que ganhou o  nome da estrela adicionado da letra “b” – o “a” seria a própria anã-vermelha.

     

    Publicidade
    Publicidade

    3. Ele é uma Terra com esteroides
    A massa do Proxima b é só 30% maior que a nossa. A principio, isso nao faz sentido. Os modelos científicos mais avançados de formação de corpos celestes mostram que as estrelas pequenas, como o Proxima Centauri, só conseguem comportar planetas minúsculos: bem menores que o nosso. Os astrônomos ainda não sabem o que possibilitou o crescimento do Proxima b, mas têm algumas hipóteses: a primeira defende que o planeta, depois de pronto, acabou “empurrado” por algum agente externo para perto da estrela; a segunda é que embriões planetários (pequenos planetas em formação) ou pequenas rochas, que já estavam próximos da estrela, acabaram se fundindo e criando o Proxima b. 

     

    Publicidade
    Publicidade

    4. Pode existir vida por lá
    O palneta está na chamada zona habitável da órbita da estrela – perto o bastante para que a água presente ali não congele, e longe o suficiente para que não evapore. Ou seja: ele pode ter água líquida, o ingrediente essencial para a vida. Essencial, mas não exclusivo: também é preciso haver um campo magnético que proteja o planeta da radiação que vem da estrela – que, no caso do Proxima b, é GRANDE: ele recebe 400 vezes mais raios X do que a Terra. 

     

    Publicidade
    Publicidade

    5. Ele não tem dia e noite

    Publicidade

    Saber a Lua, que está sempre com a mesma face voltada para a Terra? Então: com o Proxima b é a mesma coisa. A configuração da gravidade do planeta e da estrela, somada à proximidade dos dois, travou um “de frente” para o outro – não há rotação, só translação. Isso significa que Proxima b não tem dia e noite, mas também indica que o lado iluminado deve ter uma temperatura relativamente amena – que pode variar entre 0°C a 30°C -, enquanto o outro, sempre no escuro, pode chegar a um frio de -60°C. Mas isso até que é ok, se a gente considerar que a temperatura mais fria registrada na Terra foi de -89,2°C, no Polo Sul, e a mais quente, 54°C. Outra coisa interessante sobre a falta de rotação: se o planeta tiver água líquida, ela provavelmente vai estar no hemisfério que encara a estrela, ou então em um cinturão tropical.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.