O que são aves de rapina?
Os mais conhecidos são as águias, os gaviões e os falcões, mas também fazem parte do grupo algumas espécies de corujas e abutres.
Assim são chamados todos os pássaros carnívoros e caçadores. Os mais conhecidos são as águias, os gaviões e os falcões, mas também fazem parte do grupo algumas espécies de corujas e abutres.
Os rapinantes representam cerca de 10% das aves do planeta, concentrados em sua maioria na América Latina – só no Brasil existem 83 espécies (36% do total mundial). Predadores perfeitamente equipados para matar, esses animais têm visão aguçadíssima: enxergam, em média, duas vezes mais que o homem. Assim, são capazes de avistar sua presa a dezenas de metros de altura e mergulhar diretamente sobre ela.
São também as aves mais velozes que existem, atingindo até 268 km/h no caso do falcão peregrino. E, como se não bastasse, ainda possuem duas armas letais: o bico afiado e as garras em forma de foice. “Graças a esses atributos, elas quase sempre pegam sua vítima na primeira tentativa”, afirma o ornitólogo Luis Sanfilippo, da Fundação Zoológico de São Paulo, especialista em rapinantes.
As presas favoritas variam de répteis, como cobras e sapos, a pequenos mamíferos, especialmente roedores, desde ratinhos a cotias.
Rainha do céu
A águia, símbolo de poder adotado pelas legiões romanas, pelo exército de Napoleão e pelos Estados Unidos, é o tema de um e-mail que tem circulado pela internet dizendo que, aos 40 anos de idade, essa ave troca o bico, as garras e as penas. “Também recebi a mensagem e fui pesquisar se havia nela alguma verdade, mas tudo não passa de invenção”, diz Luis Sanfilippo, do Zoológico de São Paulo, especialista em aves de rapina.
Potência nacional
A ave de rapina mais forte do planeta é o brasileiro gavião-real, que não poupa nem animais maiores, como cachorros-do-mato, preguiças e até filhotes de veado. Há 50 anos, esse pássaro podia ser encontrado em quase todo o país, mas acabou quase extinto fora da Amazônia.
Estrela da MPB
O rapinante brasileiro mais famoso só pode ser o carcará, celebrado na canção de João do Vale com versos como “Os burrego novinho não pode andá/Ele puxa o umbigo inté matá/Carcará!/Pega, mata e come!” Se precisar, o bicho come até carniça e, assim, sobrevive em condições tão adversas quanto a seca no sertão.
Vôo assassino
O falcão mata sua presa em pleno ar.
1 – Os falcões são os rapinantes mais velozes, atingindo em média 230 km/h
2 – Ao avistar seu prato predileto, o pombo, o falcão dispara em sua direção
3 – O choque contra a presa é suficiente para quebrar todos os seus ossos
4 – O pombo despenca no chão, quase sempre já morto. O falcão vai buscá-lo, para arrancar suas vísceras e com elas alimentar também os filhotes
Caçadora noturna
As corujas de rapina atacam na escuridão
1 – Além de enxergarem no escuro, as corujas são as aves com a audição mais aguçada. Na hora de caçar, ficam empoleiradas, à escuta de uma presa
2 – Ao perceber a presença de um rato, sua comida favorita, a coruja dá o bote certeiro. Suas asas são tão leves que não fazem barulho
3 – A menos de 1 metro da presa, a ave acelera o vôo (que pode chegar a 60 km/h) e ataca com as garras abertas
4 – A coruja não perde tempo: seu bico engole o jantar todo de uma só vez