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O quebra-cabeça flutuante

O homem deixa de ter uma relação superficial com a Terra e vai fundo para entender o que existe debaixo de sua casca.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 mar 2023, 11h37 - Publicado em 31 ago 1999, 22h00
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  • Basta olhar o mapa-múndi para ver que a costa oriental da América do Sul se encaixa quase que perfeitamente no contorno ocidental da África. Até 1912, isso era considerado mera coincidência. Foi quando o meteorologista alemão Alfred Wegener (1880-1930) sugeriu uma explicação para o fato. Ele concluiu que os continentes constituíam as partes de um quebra-cabeça que teria se desmantelado há cerca de 250 milhões de anos. A peça completa, antes de ser trincada, ele chamou de Pangéia. Wegener assinalou também a semelhança entre fósseis achados na América do Sul e na África e notou que a Groenlândia se afastava lentamente da Europa.

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    Por décadas, suas idéias foram consideradas no mínimo estranhas. Mas, durante a Segunda Guerra Mundial, meio sem querer, o geólogo americano Harry Hess (1906-1969) fez uma descoberta que viria a confirmar o que o alemão dizia. Hess trabalhava para a Marinha, enviando ondas de som ao fundo do mar para analisar a estrutura do solo, e encontrou uma estranha cadeia de montanhas com o topo achatado. Duas décadas mais tarde, chegaria à conclusão de que aquilo era material ejetado de camadas mais profundas da Terra, formando, continuamente, novo solo oceânico. Sua teoria ajudou a provar a existência das doze placas tectônicas que compõem a crosta terrestre – e cujo permanente movimento explica os terremotos e os vulcões.

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    O planeta tem um coração de ferro

    Ao estudar as ondas produzidas pelos terremotos, o geólogo americano Beno Gutenberg (1889-1960) reparou que elas não alcançavam todos os pontos da superfície terrestre, mesmo quando tinham força suficiente para isso. Existia uma zona de sombra na qual não se detectava nenhum tremor. Gutenberg fez as contas e sugeriu em 1914 a existência de um núcleo líquido no centro da Terra. As ondas dos terremotos teriam a sua trajetória interrompida ao atingir o núcleo, criando a tal zona de sombra. Gutenberg só errou num detalhe: no meio desses metais derretidos existe uma bola de ferro, sólida, na qual ele não tinha pensado.

    Régua da catástrofe

    Quando há um terremoto, todo mundo quer saber quantos graus atingiu na escala Richter. Desde que foi inventada pelo americano Charles Francis Richter (1900-1985), em 1935, a escala (de 1 a 10), traduz até para os mais leigos o tamanho da tragédia. A intensidade 1 equivale à explosão de 170 gramas de dinamite – uma mixaria. O problema começa a ficar sério partir de 5,5 graus. A energia liberada no ponto 8 é enorme: 5,6 milhões de toneladas de explosivo.

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    O passeio dos continentes

    Neste século ficamos sabendo que o globo terrestre não teve sempre a mesma cara.

    Há 230 milhões de anos

    Todas as terras se juntaram num único continente, Pangéia. Os oceanos também se uniram num só, Pantalassa.

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    Há 10 milhões de anos

    Antártida e Austrália estão definitivamente separadas e o Atlântico avança para o norte. A situação é muito semelhante à que permanece até hoje.

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    Há 180 milhões de anos

    A América do Sul começa a se afastar da África, enquanto o Oceano Atlântico começa a se formar. A Índia caminha para a Ásia.

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