Cientistas canadenses conseguiram multiplicar uma bactéria de 143 anos de idade que mostrou surpreendente resistência aos mais modernos antibióticos. Trata-se de um microorganismo retirado dos corpos congelados de dois exploradores do Ártico, mortos em 1846. A resistência dessas bactérias, preservadas graças a baixíssimas temperaturas, obriga os cientistas a rever algumas idéias tradicionais em Microbiologia. Isso porque, de acordo com a teoria, apenas o uso excessivo de antibióticos cria bactérias resistentes a drogas – o que evidentemente não é o caso desses germes.
Logo, a não ser que estivessem expostos a algum antibiótico natural, tudo indica que existem outros fatores capazes de aumentar a resistência de uma bactéria. Por exemplo, metais pesados, como o chumbo que devia haver nos ossos dos exploradores, oriundos das latas dos alimentos consumidos na expedição. Somente testes com culturas a partir da bactéria congelada podem revelar o segredo de sua espantosa vitalidade. E desse segredo podem vir a nascer remédios mais eficazes.