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O Sol pode ter tido “anéis” antes da existência de outros planetas, diz estudo

Anéis de poeira e gás, como os de Saturno, podem ter existido ao redor do Sol. Segundo uma simulação feita pela Universidade Rice, eles teriam contribuído para a formação do Sistema Solar como conhecemos hoje.

Por Maria Clara Rossini
Atualizado em 15 jan 2023, 18h05 - Publicado em 7 jan 2022, 16h53

Saturno é um dos planetas mais memoráveis do Sistema Solar. O motivo são as rochas e poeira que orbitam o planeta, formando os conhecidos anéis de Saturno. Um estudo da Universidade Rice, nos Estados Unidos, sugere que estruturas semelhantes também orbitavam o Sol no passado, antes do surgimento dos planetas que constituem o Sistema Solar.

A existência desses anéis poderia explicar a formação da Terra e outros planetas do Sistema Solar. O pesquisador brasileiro André Izidoro e colegas criaram um modelo computacional para simular a formação dos primórdios do Sistema Solar e, dessa forma, descobriram a possibilidade de existirem os anéis.

A simulação sugere que existiam algumas áreas de alta pressão, que reuniam gás e poeira ao redor do Sol. Nelas, as partículas eram atraídas em direção à estrela, esquentavam e então sublimavam (ou seja, passavam do estado sólido ao gasoso).

Havia três áreas principais em que essas partículas vaporizavam, chamadas “linhas de sublimação” – em outras palavras, os anéis. Na linha mais próxima ao Sol, o silicato sólido mudava de estado; na linha do meio, gelo; e, na mais distante, o monóxido de carbono.

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Infográfico mostrando a constituição dos aneis solares.
(Rajdeep Dasgupta/Divulgação)

Com o passar do tempo, a região ao redor do Sol esfriou, e as linhas de sublimação se aproximaram da estrela. Isso permitiu que a poeira se acumulasse em objetos do tamanho de asteroides, que eventualmente formariam planetas. Segundo Andrea Isella, coautor do estudo, se essas áreas de pressão não existissem, o Sol teria engolido as partículas, não deixando nenhuma “semente” que pudesse virar um planeta. 

Em nota, Izidoro diz que essas regiões de pressão ajudaram a regular a quantidade de material disponível para a formação de planetas no Sistema Solar.

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O primeiro anel contribuiu para a formação dos planetas mais próximos ao Sol: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. O segundo teve influência nos planetas da parte mais distante do Sistema Solar: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. O terceiro anel formou os asteroides, cometas e outros corpos menores do Cinturão de Kuiper, que ficam além da órbita de Netuno.

Os pesquisadores também descobriram que, se “atrasassem” a formação do segundo anel na simulação, possivelmente teria surgido uma “super-Terra”, com o dobro do tamanho e até dez vezes mais massa que nosso planeta. O estudo foi publicado no periódico Nature Astronomy.

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