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OMS recomenda a troca do sal comum por alternativas com menos sódio

A medida visa diminuir condições de saúde resultantes do consumo elevado do sal de cozinha, como a hipertensão.

Por Manuela Mourão
4 fev 2025, 14h00

No dia 27 de janeiro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou novas diretrizes que recomendam o uso de substitutos do sal, visando o consumo de alimentos com baixo teor de sódio. 

O excesso de sódio nas dietas já causa murmúrios entre médicos há algum tempo. O cloreto de sódio (NaCl) vem sendo regulado por recomendações da agência por décadas, isso porque existem uma série de condições de saúde que podem ser observadas quando o consumo desse elemento é alto. A maior delas é a pressão alta (hipertensão), que, por sua vez, aumenta o risco de doenças cardíacas, acidente vascular cerebral e doenças renais. 

A hipertensão arterial atinge cerca de 27,9% da população brasileira, de acordo com dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2023.

No comunicado feito pela OMS, a agência estima que 1,9 milhões de mortes anuais ao redor do mundo podem ser atribuídas ao consumo elevado do sal de cozinha. O grande problema está na dose de consumo: o recomendado por especialistas é que o consumo diário não passe de 2 g, mas o costume é extrapolar e consumir cerca de 4,3 g diariamente.  

Por mais que faça mal, é difícil tirar o sal da nossa dieta. Comer menos sal significa aceitar um tempero menos salgado e uma mudança em como preparar alimentos. Pode até parecer pouco, mas em famílias que preparam o mesmo alimento há mais de duas gerações, uma adaptação à tradição é impossível.

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Vale ressaltar que isso diz respeito ao que acontece dentro de casa, onde dá para evitar fast food, salgadinhos e, com muita sorte, macarrões processados (miojo, para os íntimos). 

Em 2013, a OMS já observava os padrões de aumento de consumo de sódio na população e por isso criou uma meta para este ano, 2025. A agência queria os estados membros comprometeram-se a reduzir 30% da ingestão de sódio de suas populações. O objetivo não foi alcançado e o prazo foi estendido para 2030.

 

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Qual a alternativa? 

A boa notícia é que dá para continuar comendo alimentos saborosos e saudáveis ao mesmo tempo. 

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Na nova diretriz, a OMS sugere a substituição do sal comum por um com menos sódio, rico em potássio. Assim, o cloreto de sódio seria colocado de lado para dar espaço para o cloreto de potássio (KCl). Em supermercados eles podem ser encontrados como: sal com baixo teor de sódio, sal de potássio ou sal mineral.   

O potássio é um mineral essencial para o funcionamento do corpo, presente em frutas e vegetais  – um dos motivos pelo qual incluir frutas na sua dieta é ideal. Enquanto o consumo de sódio é excessivo, muitas pessoas ingerem menos potássio do que o recomendado pela OMS (3,5 g diárias). O sal enriquecido com potássio pode ajudar a reduzir a ingestão de sódio e aumentar os níveis de potássio, o que contribui para a redução da pressão arterial e consequentemente os riscos de doenças do coração.

Essa mudança já se mostrou positiva em países que adotaram a meta inicial da agência, como na Índia e na China, que desde então apresentaram números menores de mortes por doenças cardiovasculares.

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A vantagem de usar sal enriquecido com potássio é que ele substitui o sal comum sem alterar o sabor ou o modo de preparo de alimentos. Em um estudo, mais de 90% dos participantes continuaram usando o produto após cinco anos da troca.

Porém, existe o outro lado da moeda. O uso generalizado do sal com potássio é um risco para pessoas com doenças renais, que não podem ingerir o elemento e por isso devem ser vendidos com alertas claros sobre sua composição.

Além disso, esse produto costuma ter um alto custo: um estudo de 2021 revelou que sais com baixo teor de sódio são comercializados em apenas 47 países, principalmente de alta renda, com preços variando de iguais a até 15 vezes mais caros que o sal comum, pois a produção é bem mais difícil e custosa que o sal de cozinha.

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