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Para Mulheres na Ciência 2021: conheça as pesquisas vencedoras do prêmio

Todos os anos, o concurso premia as pesquisadoras com os trabalhos mais relevantes e inovadores na ciência brasileira. Saiba quais são eles.

Por Maria Clara Rossini
6 out 2021, 15h27

Na última terça-feira (05), o prêmio “Para Mulheres na Ciência” anunciou as vencedoras da edição de 2021. A premiação é concedida anualmente desde 2005 pela UNESCO, pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) e pela empresa L’Óreal. São selecionadas as pesquisas mais importantes realizadas por mulheres nas áreas de Matemática, Física, Química e Ciências da Vida. Cada laureada recebe uma bolsa de R$ 50 mil, que pode ser usada para investimento na própria pesquisa.

Conheça cada uma das vencedoras deste ano:

Química

A vencedora desta categoria estuda poluentes na Antártida. Ana Cecília Albergaria-Barbosa é professora da Universidade Federal da Bahia e viajou mais de 5 mil quilômetros para coletar amostras de sedimentos na água antártica.

Não é difícil deduzir como os poluentes chegam lá: os hidrocarbonetos, derivados do petróleo, são depositados no continente gelado por meio das embarcações ou dos geradores a diesel utilizados pelas bases de pesquisa. Tanto a atmosfera quanto os animais que migram para a Antártida também podem ser vetores da poluição.

Física

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Ingrid David Barcelos, do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, recebeu o prêmio de Física por uma pesquisa sobre a reflexão da luz nos poros da pedra-sabão. A luz passa por buraquinhos nanométricos, mil vezes menores que a espessura de um fio de cabelo. Estudar a luz nessa escala é importante para melhorar a eficiência de chips de computadores e celulares, que dependem dessa dinâmica para funcionarem. A forma como os materiais conduzem eletricidade ou calor, por exemplo, pode mudar drasticamente em escalas tão pequenas.

Matemática

Já se esperava que pelo menos uma das pesquisas laureadas seria, inevitavelmente, sobre a pandemia. A surpresa é que o assunto não apareceu na categoria de Biologia, mas sim na de Matemática. Fernanda De Bastiani, da Universidade Federal de Pernambuco, usa estatística para mapear casos, mortes e incidência de Covid-19 em Pernambuco.

O trabalho de Fernanda consiste em um modelo estatístico, com o qual ela pretende avaliar a letalidade da doença e verificar se ela está associada a índices socioeconômicos. Também será possível investigar por que algumas regiões, mesmo que sejam menos populosas, têm mais casos que outras.

Ciências da Vida

Essa categoria é a única que premia quatro pesquisas, que podem ser relacionadas a temas como ecologia, saúde e biologia.

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Acientista Lílian Silva Catenacci, da Universidade Federal do Piauí, recebeu o prêmio por seu artigo sobre One Health, uma abordagem que propõe a integração entre a saúde humana e de outros animais. Ela coleta amostras de sangue de animais silvestres e procura por arbovírus (como os da dengue e da zika), influenza (vírus da gripe) e coronavírus. Seis em cada 10 doenças infecciosas humanas têm origem animal. Procurar pelos vírus antes que eles cheguem até nós pode ser uma maneira de evitar epidemias futuras.

Já a pesquisadora Letícia Couto Garcia, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, é especialista em restauração ambiental do Pantanal. O diferencial de sua pesquisa é que ela leva em conta as demandas econômicas da sociedade ao pensar em ações de conservação do bioma. Letícia procura trabalhar com povos indígenas, ribeirinhos e agricultores para manter ou aumentar a produção de comida sem degradar ainda mais o meio ambiente

Thaísa Sala Michelan, da Universidade do Pará, também trabalha com ecologia, mas em outro bioma. Sua pesquisa é sobre plantas aquáticas amazônicas, em especial as do estado do Pará. Atualmente, ela está se preparando para a pesquisa de campo, em que irá percorrer riachos e lagos para coletar amostras dos vegetais. O objetivo é entender como as atividades humanas impactam a distribuição das espécies.

A quarta laureada é Marta Giovanetti, da Fundação Oswaldo Cruz. Ela realiza vigilância genômica de vírus, como os transmissores da dengue, chikungunya e febre amarela. Isso nada mais é do que sequenciar o DNA do vírus para avaliar a distribuição e evolução do patógeno – prevendo, assim, novos surtos e epidemias no futuro.

O “Para Mulheres na Ciência” busca não só incentivar cientistas brasileiras, mas também divulgar as pesquisas que vêm sendo feitas no País. Ao longo das próximas semanas, a Super contará mais detalhes sobre o trabalho das pesquisadoras laureadas na coluna #MulherCientista. Você pode conferir a coluna todos os domingos no nosso site ou Instagram.

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