Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Pela primeira vez, abelhas entram para a lista de espécies em extinção

Eventual fim das abelhas não nos deixaria só sem mel: dois terços do que comemos dependem do trabalho delas como polinizadoras.

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 mar 2024, 12h01 - Publicado em 5 out 2016, 15h00

Já faz tempo que as abelhas estão, lentamente, sumindo. O mundo está preocupado com o que pode acontecer se as pequenas polinizadoras forem varridas da Terra – tanto que até apareceram algumas soluções pouco ortodoxas, como uma abelha-robô. E, pelo jeito, é melhor corrermos, porque esses insetos acabam de ser colocados na lista de espécies em extinção pelo US Fish and Wildlife Service (FWS) – o Ibama dos EUA.

Sem abelhas, não vai faltar só mel. É que elas funcionam como se fossem órgãos sexuais de plantas. Uma parte considerável do Reino Vegetal conta com abelhas para espalhar seu pólen. Sem abelhas, você castra essas plantas. E elas deixam de existir também, o que é um péssimo negócio, mesmo para quem tem alergia a abelhas: pelo menos dois terços da nossa comida vem direta ou indiretamente de vegetais que precisam de abelhas para se reproduzir.  

Ainda não se trata de um apocalipse. Existem 25 mil espécies de abelha. Para a lista, entraram sete: Hylaeus anthracinus, Hylaeus longiceps, Hylaeus assimulans, Hylaeus facilis, Hylaeus hilaris, Hylaeus kuakea, e Hylaeus mana – todas abelhas de cara amarela, parecidas com a abelhinha comum aqui do Brasil.

LEIA: Americanos tentam acabar com o Zika – mas exterminam milhões de abelhas

As abelhas em perigo são todas nativas do Havaí, e a hipótese do FWS é que a razão principal tenha sido a inclusão de espécies de plantas e animais invasores, que desequilibraram a fauna local. Outro problema é a urbanização cada vez maior das ilhas, o que favorece o turismo descuidado e a destruição do habitat natural dos insetos. 

Continua após a publicidade

Mas o problema não se restringe ao Havaí, claro: desde 2006, apicultores do mundo inteiro têm reclamado que as populações do inseto caíram. De 2012 para 2013, 31% das abelhas dos EUA tinham desaparecido; na Europa, naquele período, o número chegou a 53%, e no Brasil, a quase 30%. 

LEIA: Por que as abelhas morrem quando picam?

O pior é que ninguém sabe exatamente o que está causando essa catástrofe. Alguns cientistas acham que é a poluição; outros apostam nos pesticidas. Existe, também, uma doença chamada Síndrome do Colapso da Colônia, na qual as abelhas simplesmente abandonam suas colmeias sem que nada de errado aconteça. Mas a síndrome ainda é um mistério, o que deixa os cientistas de mãos atadas. 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.