Porque o ferrão é um prolongamento do abdômen, que se rompe no momento em que a abelha abandona a vítima. Esse ataque suicida acontece quando ela se sente ameaçada ou é importunada por cheiros fortes ou vibrações sonoras. Se a abelha vive em colônia, também pode atacar para proteger a colméia: ao picar, ela solta um tipo de feromônio que serve de alerta para as suas companheiras. Essa é uma característica das operárias. “A rainha raramente sai da colméia e o zangão nem ferrão tem”, diz Lionel Gonçalves, professor de genética animal da USP de Ribeirão Preto.
Mas nem todas as abelhas possuem essa arma de defesa. As espécies sem ferrão se protegem como podem: umas mordem, outras se enrolam nos pêlos ou entram nos ouvidos, nariz e olhos. Uma delas, conhecida como caga-fogo, solta uma secreção que, em contato com o suor, queima a pele. E você com medo de uma picadinha…
Ataque suicida
O abdômen da abelha se rompe após a picada
Tudo junto
Os aparelhos reprodutor, digestivo e ferroador são ligados por membranas.
Força traseira
O ferrão é esta pinça de 3 pontas sustentada por músculos. Eles ajudam a introduzir o estilete e a injetar o veneno.
Faca amolada
O estilete (a parte do ferrão que entra na pele) é um espinho rígido formado por pequenas serras que se prendem à pele. Sua extremidade pontiaguda facilita a perfuração das superfícies.
O último vôo
Com o esforço para se desprender da vítima, o abdômen da abelha se rompe. Ela sai voando, mas estima-se que em no máximo 15 minutos ela morra.
Efeito lagartixa
Um pedaço do intestino fica preso ao aparelho ferroador, que, mesmo separado da abelha, continua bombeando veneno para dentro do corpo da vítima (algumas vezes, dá para ver o ferrão se mexendo).