Plantas medicinais: bela droga
As imagens, feitas por meio de microscópio, mostram a beleza de plantas medicinais muito populares que só agora começam a ser investigadas pela ciência.
Lúcia Helena de Oliveira
Sem deixar cicatriz
Dizem que a calêndula (Calendula officinalis) combate inflamações. “O que mais interessa, porém, é estudar seus ingredientes cicatrizantes, já que faltam drogas com esse efeito”, diz o professor Jaime Sertié, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.
Contra espasmos
O alecrim (Rosmarinus officinalis) parece ter, de fato, um bom efeito contra cólicas abdominais. Popularmente, a planta é famosa como tônico hepático. Mas atenção: segundo os médicos, nenhum remédio, a base de plantas ou não, é capaz de aliviar um fígado sobrecarregado.
Tempero desinfetante
O tomilho (Timo vulgaris) é comum na Europa como tempero. Mas suas flores e folhas maceradas podem matar germes em feridas. “A gente já conhece várias substâncias com esse efeito”, conta Sertié. “Por isso, não compensa criar um novo anti-séptico usando o tomilho.”
Adeus, febre alta
A artemísia-verdadeira (Artemisia vulgaris) pode diminuir a febre. “Mas é preciso tomar cuidado com remédios ditos naturais de qualquer planta”, avisa Sertié. “Eles podem interagir de um jeito perigoso com outras drogas, especialmente as usadas nas doenças crônicas.”
O alívio da enxaqueca
As folhas da prímula (Primula veris) resolvem os casos de enjôo. Alega-se, embora não exista prova científica, que também funcionem como sedativos. Recentemente, começaram a ser analisadas como candidatas a ingredientes de remédios para aliviar as enxaquecas.
Fácil digestão
As flores e o caule da melissa (Melissa officinalis) contêm substâncias que agem como calmantes suaves e induzem o estômago a trabalhar, facilitando a digestão das refeições pesadas. O chá da planta também é usado contra cólicas, porém não existem estudos sobre seus efeitos.