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Produtos a toda prova

Conheça alguns testes utilizados pelas empresas para testarem a qualidade de seus produtos.

Por Gonzalo Navarrete
Atualizado em 31 out 2016, 18h45 - Publicado em 31 jan 2003, 22h00

De um lado, o consumidor cada vez mais atento. Do outro, empresas sempre em busca de novidades. Entre ambos, órgãos como a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), que atestam, com precisão científica, se é verdade ou mentira o que as empresas prometem: durabilidade, segurança, conforto. Só que, para verificar a qualidade de alguns produtos, esses órgãos promovem os mais inusitados testes. A seguir, algumas dessas mirabolâncias científicas.

BICHINHOS BOMBAS

Intoxicação, sufocamento, convulsões e morte. Um ursinho de pelúcia pode causar tudo isso a um bebê com menos de 3 anos. Basta que uma peça se solte e seja engolida, por exemplo. Por causa disso, eles só podem ser vendidos com certificação do Inmetro. E, para obtê-la, são submetidos a testes que simulam quedas, torções e mordidas desferidas por uma máquina capaz de dar dentadas de até 45,5 quilogramas força – metade da potência da mordedura de um pit bull ou cem vezes a força dos dentinhos de um bebê de 3 anos.

Depois, os bichinhos são abertos para comprovar que seu enchimento é de fibra sintética ou similar. Nunca granulado ou de algodão. Isso porque a fibra não retém saliva e, caso seja ingerida, permite a passagem de ar pela traquéia. O próximo passo é colocar fogo no ursinho para aferir a velocidade de propagação da chama, que não pode ultrapassar 10 centímetros por segundo (combustão mais rápida que isso configura explosão!).

À PROVA DE CHULÉ

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O Brasil é o primeiro país do mundo a emitir um selo de conforto para calçados, desenvolvido numa parceria entre a Universidade Federal de Santa Catarina e a ABNT. Os testes para a obtenção do certificado começam com um robô que simula o andar humano. Para avaliar a distribuição da pressão do corpo sobre o calçado, sensores instalados nas palmilhas transmitem informações sobre a deformação do solado e a capacidade elástica do couro e de outros materiais. Imagens de pessoas andando descalças e calçadas são sobrepostas por um programa de computador, para ver se há deformação ou desvio de postura causada pelo sapato. No final, voluntários passam por um teste de esforço – 30 minutos em esteiras rolantes – para avaliar as variações da temperatura interna do calçado e a capacidade de dissipação de suor.

CABEM 18 LITROS!

Para verificar a elasticidade e a pressão suportada pelo produto, a camisinha é enchida de ar até estourar: ela deve resistir a 18 litros antes de ceder. (Detalhe: dificilmente um homem ejacula mais que 5 ml de sêmen). Depois disso, os preservativos são levados para uma estufa a 70 graus centígrados (outro detalhe: dificilmente uma cavidade humana, mesmo em um orgasmo febril, passa dos 37 graus). Para saber se ele tem algum furo ou porosidade (que pode ser a causa de a camisinha rasgar durante o uso), o preservativo, preparado com um eletrodo interno, é imerso em um tanque com água e recebe uma descarga de 10 volts. Se a corrente passar para o tanque, existe furo. A imersão serve também para testar a embalagem. Como são lacradas a vácuo, o aparecimento de bolhas dirá se o produto está bem selado ou não.

EXPRESSINHO

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Mesmo um simples cafezinho é obrigado a passar por uma batelada de testes para provar que é bom. Só que, nesse caso, saem as máquinas sofisticadas e entram as pessoas, que realizarão uma série de avaliações subjetivas. São escolhidos provadores que não fumam, não bebem e não têm problemas de saúde.

Os testes são feitos em ambientes sem odores e sons e até a cor da sala é controlada para não influenciar no paladar dos especialistas. Em uma sessão, cada avaliador experimenta cerca de 20 amostras. Detalhe: assim como o vinho, o café é cuspido depois de saboreado. Mas não se preocupe: não é essa parte que chega às prateleiras.

 

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