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Sonda Odysseus marca retorno dos EUA à Lua depois de 51 anos

Missão, que se aproxima do fim, faz parte do programa Artemis, que pretende enviar humanos ao satélite em 2026. Veja os detalhes (e problemas) da viagem.

Por Caio César Pereira
29 fev 2024, 19h02

A última missão dos EUA na Lua foi a Apollo 17, em dezembro de 1972. Foi um sucesso. A viagem foi a primeira a levar um cientista (o geólogo Harrison “Jack” Schmitt) ao solo lunar. Quebrou recordes de maior estadia no satélite (75 horas), de maior tempo de caminhadas lunares (22h3min) e de maior coleta de amostras do programa: 110,5 kg.

Com a corrida espacial vencida, os EUA abandonaram os rolês lunares – um misto de desinteresse público com contenção de gastos. Mas, nos últimos anos, com novos países e empresas interessadas em explorar a Lua, a Nasa anunciou o programa Artemis, que tem o objetivo de colocar astronautas de volta ao satélite em 2026.

Os primeiros passos já foram dados. No dia 15 de fevereiro, os EUA lançaram a sonda Odysseus, que pousou na Lua na última quinta-feira (22) – a primeira vez em mais de 51 anos que o país coloca os pés (no caso, pés de robô) por lá.

A viagem marcou também o primeiro pouso na Lua feito por uma empresa privada – a norte-americana Intuitive Machines, que produziu a sonda. O projeto, financiado pela Nasa, custou US$ 118 milhões.

Nesta quinta (29), com a missão prestes a terminar (as baterias do Odysseus estão quase no fim), a Intuitive Machines disse durante coletiva que a experiência foi bem-sucedida, apesar do começo turbulento e das falhas de comunicação. Vamos entender como foi a trajetória da Odysseus – e quais são os próximos passos da exploração americana.

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Viagem (quase) frustrada

 A sonda decolou do Centro Espacial Kennedy da Nasa, na Flórida. Ela viajou no foguete Falcon 9 da SpaceX de Elon Musk e chegou à órbita da Lua seis dias depois.

Pousar lá foi uma verdadeira odisseia (rs) devido a um problema de navegação: as equipes haviam esquecido de desbloquear um interruptor de segurança. Com isso, os localizadores a laser da espaçonave não foram ativados, e os engenheiros de voo precisaram improvisar um local de pouso de última hora.

A nave acabou descendo mais rápido e em um local mais elevado do que o esperado. O módulo classe C, com seus 4,3 metros de altura, teve pelo menos uma de suas seis pernas quebradas, o que a fez pousar num ângulo de 30 graus. Isso deixou os seus painéis solares (utilizados para recarregar as baterias do aparelho) viradas para o lado errado.

Danos nas antenas do Odysseus causaram problemas de comunicação. Mas isso não impediu que a sonda continuasse funcionando e enviando dados para a Terra. As primeiras fotos do rolê chegaram na segunda (26) e você pode conferi-las neste link

Os engenheiros planejavam colocar o Odysseus em modo de economia de energia, mas decidiram deixá-lo ligado enviando dados até que as baterias se esgotem. Mas vão deixar uma barrinha de energia para tentar recarregar a sonda daqui três semanas, quando a luz do sol voltar a bater na região.

Antes da missão tripulada da Artemis, a Nasa deve enviar mais sondas como a Odysseus para analisar e mapear o solo lunar. Além dos EUA, outros quatro países já pousaram na Lua: Rússia, China, Índia e Japão – este último, em janeiro. Para os próximos anos, outras nações como a Coreia do Sul também pretendem realizar visitas em território lunar. 

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