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Peregrine 1 não tem mais chance de chegar à Lua, afirma Astrobotic

Devido a um vazamento de combustível, a sonda só tem mais algumas horas de propulsão, e já não consegue cumprir seu plano de viagem inicial.

Por Leo Caparroz
10 jan 2024, 18h28

Peregrine 1, o primeiro módulo lunar lançado a partir do território dos EUA nos últimos 50 anos, não vai completar sua viagem. Sua operadora, a empresa privada Astrobotic, deu a notícia de que a sonda teve um vazamento de combustível e não vai conseguir alunissar.

“Infelizmente, não há chance de fazer um pouso bem sucedido na Lua”, eles afirmaram em um comunicado. Os planos mudaram; agora, o objetivo é levá-la o mais longe possível com o combustível restante.

A Peregrine 1 seria a primeira sonda espacial comercial a pousar na Lua (e o primeiro objeto de origem americana a tocá-la desde o programa Apollo).

Ela foi lançada a bordo do foguete Vulcan Centaur, neste segunda-feira (8), a partir do Cabo Canaveral, na Flórida o mais conhecido ponto de lançamento operado pelo governo americano.

É o primeiro lançamento oficial do Vulcan Centaur, um foguete também privado desenvolvido por uma parceria entre Boeing e Lockheed Martin – sob o nome de United Launch Alliance.

A Peregrine estava programada para pousar na Lua no dia 23 de fevereiro. A partir daí, ela coletaria dados sobre a superfície lunar para ajudar em pesquisas científicas e no planejamentos de futuras missões. Ela carregava equipamentos da Nasa, como medidores de radiação e de campo magnético, detectores de gelo e pequenos rovers (jipinhos) lunares.

Ela também tinha cargas não científicas a bordo: o DNA de ex-presidentes dos EUA e cinzas humanas. Duas empresas vendem esse serviço funerário inusitado, que garante derramar os restos mortais de um falecido no nosso satélite natural.

Entre os viajantes empoeirados desta ocasião estão dois Homo sapiens a quem essa honra exótica de fato parece adequada: Gene Roddenberry, o criador de Star Trek, e Arthur C. Clarke, escritor de 2001: Uma Odisseia no Espaço.

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A sonda já tinha dado problemas um pouco antes do vazamento ceifar o destino da missão. A equipe da Astrobotic fez uma “manobra improvisada” para reorientar o foguete de modo que ele ficasse voltado para o Sol, a fim de recarregar suas baterias.

No dia 9, às 2h da tarde no horário de Brasília, a empresa anunciou que os propulsores “provavelmente só poderiam funcionar durante mais 40 horas, no máximo”. O objetivo, agora, é mantê-la no espaço e coletar o máximo de dados possível, que podem se revelar úteis em tentativas futuras da Astrobotic.

A Nasa, que tinha um bocado de experimentos e observações que dependiam dessa missão, afirmou estar trabalhando com a Astrobotic para identificar o problema: “O espaço é difícil”, ela disse em um comunicado à imprensa. Uma mãe compreensiva: de fato, pior que levar uma sonda à Lua, só dirigir em São Paulo.  

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