Texto Rodrigo Rezende
“Estou sendo traído?” Não existe quem nunca teve essa dúvida. Agora, se você é homem e está preocupado em descobrir se a desconfiança faz sentido ou é apenas algo que colocaram na sua cabeça, a ciência dá uma dica de onde procurar a resposta: nos genes da amada.
Cientistas da Universidade do Novo México entrevistaram em sigilo 48 casais para descobrir o índice de fidelidade entre eles. Em seguida, analisaram genes do sistema imunológico de cada mulher e compararam com os do parceiro. Resultado: encontraram uma espécie de “equação da traição”. Eles descobriram que a probabilidade de uma mulher trair o parceiro aumenta diretamente com o número de genes iguais entre os dois. Ou seja, os opostos se atraem e os iguais se traem. Mas, ei: como a patroa sabe se o sistema imunológico do maridão é parecido com o dela? Segundo a psicóloga americana Christine Garver-Apgar, da equipe que fez a pesquisa, a resposta está debaixo do seu nariz: “Quase certamente isso tem a ver com o cheiro”. É que as mulheres percebem, de alguma forma, o odor de homens com genes parecidos com os delas e ficam instintivamente tentadas a pular a cerca. O ponto é que casais com sistemas imunológicos bem diferentes têm filhos mais saudáveis. E, quando as defesas do organismo do marido são parecidas com as da mulher, ela tende a corrigir a situação fazendo sexo fora do casamento. Tudo em nome de uma prole melhor. O instinto, afinal, não sabe que existem pílulas e camisinhas. Ele dá a vontade de arranjar um amante e pronto. Já quando fizeram o mesmo teste com homens, não deu nada. Pelo jeito, os machos não vêm com essa habilidade embutida.