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Tudo pelos ares

Redemoinhos devastadores ainda são um enigma para a ciência, que procura fórmulas para antecipar a fúria dos ventos de até 220 quilômetros por hora.

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Atualizado em 31 out 2016, 18h46 - Publicado em 31 jan 1998, 22h00

Gabriela Aguerre

– Mamãe, vi um filhote de furacão, mas tão filhotinho ainda, tão pequeno ainda, que só fazia mesmo era rodar bem de leve umas três folhinhas na esquina…

Clarice Lispector (1925-1977)

 

Só mesmo na literatura um furacão se mostra tão leve e delicado. Furacões são ventos muito rápidos, circulares e, principalmente, violentos. Chegam com tanta fúria que, por onde passam, não sobra nada. Cidades inteiras são varridas do mapa. Pessoas são engolidas pelo cone de vento e cuspidas, metros adiante, como se fossem caroços de melancia. Casas desabam, árvores partem-se ao meio. Coisas, gente, bichos, tudo voa pelos ares, literalmente. E, quando volta ao chão, quebra em mil pedaços – ou morre.

Nas próximas páginas você conhecerá a impressionante capacidade destrutiva dos furacões, tornados, ciclones e tufões – palavras diferentes que significam essencialmente o mesmo tipo de catástrofe. Saberá como se formam. Conhecerá os cientistas que tentam desvendar seus mistérios. Se segure. Você está entrando no olho de um dos fenômenos mais assustadores da natureza.

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Depois da tempestade, a desolação

Os ventos têm o poder de destruir edifícios, derrubar pontes e arrancar árvores, com raiz e tudo. Não fica pedra sobre pedra, como você pode ver nas fotos desta página. Não é só a ventania que provoca estragos. A pressão do ar do lado de fora das casas se torna menor do que lá dentro, provocando um verdadeiro quebra-quebra. As janelas e tudo o que é feito de vidro explode. O mais pavoroso é que o efeito ascendente no interior do funil de um redemoinho pode erguer e transportar objetos pesados a grandes distâncias, jogando-os violentamente no solo.

Um furacão pode demorar 24 horas até se acalmar. Destrói quarteirões em minutos. Seja em um dia ou em um piscar de olhos, é um cataclismo capaz de fazer até o mais valente dar vexame. A energia liberada por um furacão em um único dia é tão grande que, se pudesse ser convertida em eletricidade, seria suficiente para abastecer um país como os Estados Unidos durante seis meses.

O retrospecto das piores tempestades provoca calafrios. Só uma delas, um ciclone em Bangladesh, em 1970, matou 300 mil pessoas. Os Estados Unidos são o país mais golpeado pela fúria dos ventos. No começo do século, um furacão matou cerca de 8 mil pessoas em Galvestone, no Texas. A Flórida também figura na rota dos ventos ensandecidos: ali morreram 1 836 pessoas em 1928 e 408 em 1935, durante tragédias históricas.

Os furacões provocam tanto terror quanto prejuízos. O mais caro de todos foi o Andrew, que passou pelo Golfo do México, Flórida e Texas em 1992. Custou 30 bilhões de dólares.

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Anatomia de uma tempestade

Furacão, tornado, ciclone, tufão são diferentes nomes para um mesmo fenômeno: os redemoinhos de vento que giram em torno de um centro de baixa pressão. Dependendo do lugar ou situação em que aparece o turbilhão, ele recebe um nome diferente.

Ciclone é o nome genérico para a massa rodopiante de nuvens que gira em um local onde o ar quente se elevou e foi substituído pelo ar frio das proximidades. Mas é também como se denominam as tempestades desse tipo que ocorrem na Ásia. São os ciclones tropicais.

Os ciclones que se formam na região próxima ao Equador são chamados de furacões e de tufões. Os furacões têm ventos de mais de 118 km/h, nascem do ar quente sobre o mar e ocorrem no Oceano Atlântico, principalmente no Caribe, entre julho e outubro. São esses que atacam e alarmam os Estados Unidos. Os tufões são furacões do Oceano Pacífico. Já o tornado acontece longe do mar. É formado por uma forte coluna de ar em rotação, que se estende da base de uma nuvem de chuva até o chão. Os tornados têm um diâmetro de 50 a 500 metros e uma velocidade média superior a 75 quilômetros por hora.

Emoção e uma pitada de exagero

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Quase todo mundo viu. No cinema, os tornados sopraram tão perto que deu até para balançar a tela. O que o filme Twister (Estados Unidos, 1995) fez foi mostrar o que é um tornado – e colocar os redemoinhos na crista da onda. Por pouco, eles não viram uma coqueluche global, como os dinossauros depois de Jurassic Park. Com roteiro de Michael Crichton e direção de Jan de Bont, Twister foi inspirado em casos reais (leia reportagem à pág. 26).

Para um observador leigo, o filme não mostra nada de errado. Os efeitos especiais de George Lucas (de Guerra nas Estrelas) são de altíssima qualidade, mas revelam certos abusos. Quem domina o assunto ou é fanático pelo tema pode notar algumas imperfeições. É quase impossível um automóvel andar tão perto da ventania, como vemos na foto abaixo, em uma cena do filme. É também muito difícil se aproximar tanto de um turbilhão sem se machucar, como faz o casal de meteorologistas aventureiros, na foto ao lado, interpretados pelos atores Helen Hunt e Bill Paxton.

Outro exagero: em Twister, os caçadores de tormenta conseguem ver até sete tornados em um só dia. Isso é muito raro na vida real. O filme força um pouco a barra, mas uma de suas cenas mais impressionantes, aquela em que uma vaca é alçada pelos ventos, tem o seu fundo de verdade. Os tornados são tão fortes que, em 1975, um deles, no Mississipi, transportou uma geladeira por quase dois quilômetros.

Twister foi rodado em Oklahoma, no centro-oeste dos Estados Unidos. Essa região é conhecida como Beco dos Tornados, porque é açoitada por centenas de tornados todos os anos. Em 1925, o ano mais trágico na região, morreram 700 pessoas.

Numa situação real, a caminhonete dos cientistas de Twister seria carregada pelo redemoinho

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Em uma das cenas exageradas de Twister, o casal de meteorologistas escapa ileso de um tornado a poucos metros de distância

Correndo atrás dos tornados

Eles são de carne e osso, como você. Têm diploma de faculdade e família para sustentar. Só que a profissão deles não é como qualquer uma. Eles dedicam sua inteligência e parte de suas vidas perseguindo tornados. Isso mesmo: tornados.

Os caça-tornados são, ao mesmo tempo, cientistas, esportistas e aventureiros. Inventam maneiras seguras (até certo ponto) de se aproximar dos intempestivos redemoinhos, desenvolvem equipamentos de pesquisa e passam muito, muito tempo estudando os dados colhidos em campo. Essas tarefas fazem parte do Programa Vortex (sigla para Experimento de Verificação da Origem dos Tornados). Vortex é, em inglês, vórtice, ou a “cauda” de um tornado.

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São cerca de quarenta pesquisadores, cientistas, programadores de computador, técnicos e pilotos de universidades americanas, como a de Oklahoma, e instituições voltadas para a pesquisa atmosférica, como o Laboratório Nacional de Tempestades Graves, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica e o Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica.

Os cientistas do Vortex e mais de trinta estudantes passaram as primaveras de 1994 e 1995 coletando dados sobre tornados em Oklahoma e no Texas com poderosos instrumentos (leia o quadro abaixo). Os dados foram tantos e tão valiosos que, quando o século XXI começar, a turma do Vortex ainda estará debruçada sobre eles, procurando conhecer o que acontece dentro do redemoinho e saber por que alguns tipos de tormenta desencadeiam tornados e outros, não.

Enquanto a maioria das pessoas foge de tornados como este, os cientistas do Vortex tentam chegar bem perto deles

Um cataclismo fascinante e devastador

A passagem do furacão Fran pelos Estados Unidos, em setembro de 1996, não deixou boas lembranças. Com ventos que alcançaram 185 quilômetros por hora, causou 17 mortes e deixou mais de 4 milhões de pessoas sem energia elétrica. O total de prejuízos foi de 3,2 bilhões de dólares. Terrível. Mas, visto de cima, o Fran oferece um espetáculo de impressionante beleza.

A foto que você vê aí do lado, tirada pelo satélite Goes-8, mostra o furacão Fran em ação sobre o Atlântico, já perto do litoral sul dos Estados Unidos. Conseguir essa imagem espetacular não é como tirar fotos de Polaroid. O processo é bem mais complicado.

Primeiro, o satélite captura duas imagens do furacão: uma com filme preto-e-branco comum, parecido com esses que você usa na sua câmera fotográfica, e outra com filme infravermelho, que registra imagens invisíveis a olho nu. A intensidade da radiação infravermelha indica a temperatura de um objeto. Para que os elementos da foto apareçam, ela recebe uma aplicação de cor, no computador. As partes mais quentes, como os continentes, e as mais frias, como a água ou as nuvens, aparecem em tonalidades diferentes. A foto preto-e-branca também passa por um processo de aplicação de cor. Depois, essas imagens são sobrepostas. Quando a composição está pronta, um programa de computador redesenha a imagem em três dimensões.

Os satélites da série Goes registram a formação dos furacões sobre os oceanos e acompanham a sua trajetória. Até a década de 60 não havia como detectá-los. Agora ficou fácil saber onde estão e avisar a população das cidades que estão prestes a recebê-los. Alguns cientistas sortudos podem até olhar o furacão de cima, como em um filme, e admirar sua beleza paradoxal.

Itu (Brasil), 1991

O tornado que atingiu Itu, no interior de São Paulo, deixou dezesseis mortos e quase 200 feridos

 

Quase não dá para acreditar que esta bela massa rodopiante de nuvens seja o furacão Fran, que espalhou morte e destruição no sul dos Estados Unidos

 

Miami (EUA), 1992

 

Marcas da passagem do furacão Andrew na Flórida: casas em escombros e… barcos que parecem de papel, empilhados pela força do vento

 

Kentucky (EUA), 1996

Um tornado passou por Louisville e destruiu pelo menos 700 casas

 

Bangladesh, 1991

A alta densidade populacional do país multiplica o efeito mortífero dos ciclones

 

Texas, 1997

 

A nuvem afunilada assusta o Texas, um dos estados norte-americanos mais atingidos por furacões

 

Illinois, 1995

O tornado funciona como um aspirador de pó. É uma coluna de ar densa e preta porque suga sujeira do chão

Régua dos ventos

Com a Escala de Beaufort, é possível medir a ventania sem o auxílio de instrumentos

 

Você mesmo pode calcular a força dos ventos. Basta olhar ao redor e observar árvores e objetos. A escala ao lado foi criada em 1805 pelo almirante inglês Francis Beaufort. Ele classificou os efeitos do vento observando as velas de um navio. Em 1838, essa escala foi adotada pela Marinha Real Britânica e, quinze anos depois, sancionada para uso internacional. Em 1926, foi criada uma escala equivalente para ventos na terra.

 

0. Menos que 1 km/h – calmo – A fumaça eleva-se verticalmente

1. 1-5 km/h – quase calmo – A fumaça mostra a direção do vento

 

2. 6-11 km/h – brisa leve – Folhas se agitam levemente

3. 12-19 km/h – vento fresco – O vento estica o pano das bandeiras

 

4. 20-28 km/h – vento moderado – O vento carrega sujeira e pedacinhos de papel

 

5. 29-38 km/h – vento regular – Pequenas árvores começam a balançar

 

6. 39-49 km/h – vento meio forte – Galhos grandes se movem

 

7. 50-61 km/h – vento forte – Árvores inteiras em movimento

 

8. 62-74 km/h – vento muito fortes – Pequeno galhos se quebram

 

9. 75-88 km/h – ventania – Telhas caem ao chão

 

10. 89-102 km/h – vendaval – Árvores se partem

 

11. 103-118 km/h – tempestade – Danos por toda parte

12. 119-220 km/h – furacão – Destruição total

Furacão, eu?!

Pode não ser neste ano, mas certamente em algum momento o seu nome – isso mesmo, o seu nome, prezado leitor – ficará associado para sempre à passagem mortífera de um furacão. A cada seis anos, cientistas da Organização Mundial de Meteorologia se reúnem e escolhem uma lista de 72 nomes de furacões para ser usada no período. Nomes que começam com as letras q, x e y são dispensados.

Até a Segunda Guerra Mundial, todo furacão recebia uma identificação numérica. Depois, começaram a ser batizados só com nomes de mulheres. A partir do movimento feminista, na década de 60, os nomes masculinos também entraram na roda. Afinal de contas, furacão não tem sexo. Veja agora a lista de nomes para os furacões deste ano no Oceano Atlântico:

• Alex

• Bonnie

• Charley

• Danielle

• Earl

• Frances

• Georges

• Hermine

• Ivan

• Jeanne

• Karl

• Lisa

• Mitch

• Nicole

• Otto

• Paula

• Richard

• Shary

• Tomas

• Virginie

• Walter

Como nasce um redemoinho

O cone de vento é resultado do encontro de uma corrente de ar fria com uma quente.

 

1) Uma corrente de ar quente (faixa cor de laranja) choca-se contra outra corrente, mais fria (faixa azul), e sobe, porque é mais leve.

2) Correntes de ar paralelas alimentam o cone principal.

4) Quanto mais ar quente sobe, maior a velocidade de rotação do turbilhão.

3) Assim é criado o redemoinho, que destrói tudo o que encontra pela frente.

Dorothy, a engenhoca

Além de encantar o público com cenas fantasiosas, Twister mostrou nas telas um pouco do que os cientistas estão fazendo de mais revolucionário na área de pesquisa de tornados. No filme, meteorologistas correm atrás dos redemoinhos e, quando estão bem pertinho de um deles, acionam a Dorothy, um instrumento que serve para estudar o mecanismo de formação dos tornados.

A engenhoca recebeu esse nome em homenagem à personagem vivida pela atriz Judy Garland no clássico O Mágico de Oz (Estados Unidos, 1939). No filme, Dorothy viaja do Kansas para o mundo de Oz a bordo de um tornado.

Faça seu próprio redemoinho

Efeito na garrafa é igual ao dos furacões

Junte o seguinte material:

 

2 garrafas de refrigerante de 2 litros, uma arruela e fita adesiva. Encha uma das garrafas com 2/3 de água. Para fazer o redemoinho, é preciso que a água passe de uma garrafa para outra sem encostar no gargalo. Por isso, una as duas com uma arruela e passe fita adesiva ao redor.

Deixe a garrafa com água para cima. Segure firmemente as duas garrafas com as mãos e faça um movimento circular. À medida que a água passar de uma garrafa para a outra, você verá um redemoinho. O movimento de rotação da água é o mesmo que acontece dentro dos furacões e tornados.

A rede de pegar vento

Dom Quixote investia com sua lança contra os moinhos de vento. Para lutar contra o próprio vento, os caça-tornados contam com um arsenal bem mais sofisticado. Estações meteorológicas montadas em furgões, aeronaves redesenhadas e radares especialmente desenvolvidos para perseguir tornados são as armas do Vortex.

Em 1994 e 1995, os principais instrumentos para a coleta de dados foram os dois que você pode ver nestas fotos. Um é o Eldora, um avião Electra com um radar na cauda que estuda as correntes de ar e câmeras que registram imagens dos tornados. O outro instrumento é o Doppler sobre rodas. É um radar do tipo Doppler (leia o quadro ao lado) acoplado a um furgão, que chega bem perto dos tornados. Com todo esse equipamento, que reúne o que há de mais novo em tecnologia, o Vortex tem conseguido mais informações sobre os tornados nos últimos anos do que já se descobriu em toda a história da Meteorologia. “Nossa meta final é descobrir se há sinais que possam ser claramente percebidos antes da formação de um tornado”, disse à SUPER o meteorologista Roger Wakimoto, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. “Achamos que essa informação pode ser útil para conseguir alertar a população a tempo de evitar catástrofes.”

O que é o radar Doppler

O radar Doppler irradia microondas na direção de um grupo de gotas arrastadas pelo turbilhão. Quando a radiação ricocheteia nas partículas de água, volta a um receptor com informações sobre a velocidade com que giram os ventos no interior do tornado. Quanto mais rápido as gotas giram, maior é a freqüência na onda captada pelo receptor. Esses dados são preciosos para conhecer o que acontece dentro do redemoinho.

O que fazer para não sair do chão

Quando institutos de meteorologia conseguem antecipar a chegada de um furacão, emitem avisos à população, que deve se preparar para se proteger da ventania. Há algumas recomendações que devem ser seguidas.

Se você souber que um furacão está a caminho, fique dentro de casa. Passe durex sobre os vidros das janelas, na forma de um x. Isso evita que estilhaços de vidro voem e machuquem alguém. Fique longe das janelas.

Tenha à mão pilhas para rádios e lanternas: a energia elétrica deverá ser cortada e é importante ouvir os boletins de rádio. Vá para o porão e procure se proteger debaixo das escadas. Se não houver porão, fique dentro de um armário ou de um banheiro no nível mais baixo da casa.

Um colchão pode proteger sua cabeça. Nunca saia de casa. Árvores, fios elétricos ou objetos pesados podem cair sobre você.

Se você estiver na rua, procure o prédio mais próximo, mas fique afastado de portas e janelas. Se estiver dentro de um carro, não tente se aproximar do redemoinho. Ele pode arremessar o veículo pelos ares. Cubra sua cabeça com as mãos. Lembre-se também de que um tornado ou furacão costuma vir acompanhado de raios e trovões. Por isso, fique longe de tudo o que seja elétrico.

As tempestades são assustadoras. Mas não entre em pânico. É só colocar em prática o que você acabou de aprender na SUPER.

Tornado não escolhe lugar. Pode ser o Brasil

No Brasil não há furacões, porque o mar é subtropical, com águas relativamente frias – e os furacões só se formam onde a temperatura do mar fica acima dos 27 graus centígrados. Mas isto não quer dizer que o país está a salvo das ventanias.

Em outubro de 1991, a cidade de Itu, a 92 quilômetros de São Paulo, viveu uma calamidade típica do sul dos Estados Unidos. No início da noite de uma segunda-feira, os 150 mil habitantes da cidade foram surpreendidos por um tornado. Balanço da tempestade, que castigou quatro municípios: 16 mortes, quase 200 pessoas feridas e cerca de 450 mil sem água, luz ou telefone. A tragédia que devastou Itu poderia ter acontecido em qualquer outro lugar. Uma queda de pressão atmosférica, causada pelo encontro de uma frente fria com uma frente quente, provocou a criação de um tornado violentíssimo, com ventos que ultrapassaram os 120 quilômetros por hora.

O tornado foi tão forte que arrastou um ônibus com 40 passageiros por mais de 30 metros, na estrada Itu-Sorocaba. Oito estudantes que estavam no ônibus morreram.

Dez torres de transmissão de energia elétrica, construídas para suportar ventos fortes, foram derrubadas. O rastro da destruição pôde ser visto em estradas cortadas ao meio e trilhas na mata, abertas pelo vento.

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