Isolados na ilha de St. Paul, no Alasca, os últimos mamutes sobreviveram 5 mil anos a mais do que a maior parte dos seus irmãos da mesma espécie. Mas não foi fácil. Eles viram a água doce se acabar aos poucos, até secar de vez e matá-los de sede.
Naquela época, o aquecimento global acabara de colocar um fim na última Era do Gelo – e de separar a Rússia dos Estados Unidos, isolando essa turma de mamutes em St. Paul. Com as temperaturas lá em cima, o gelo derreteu e os oceanos ganharam um volume extra de água. O mar subiu tanto que engoliu alguns lagos.
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Foi quando os mamutes de St. Paul começaram a ficar sem água doce. Num instinto de sobrevivência, saíram pela ilha atrás de novas fontes. Só que eles pesavam cerca de 6 mil quilos e destruíam toda a vegetação por onde passavam. O que piorou toda a situação: com a erosão, os sedimentos nas lagoas aumentaram. E a água secou ainda mais depressa.
Segundo os pesquisadores, esses animais precisavam de uma quantidade imensa de água por dia – de 70 a 200 litros. Na seca, os últimos remanescentes dos mamutes não resistiram e morreram de sede há 5,7 mil anos.
Os pesquisadores chegaram a esta conclusão depois de analisar o material genético de 14 fósseis de mamutes e algumas amostras de sedimentos de um lago da ilha.