Não. Um dos maiores escorpiões do mundo é o imperador (Pandinus imperator), uma espécie africana, que mede aproximadamente 15 cm e tem cara de bravo. “No entanto, a toxina expelida pelo seu ferrão não é mais forte do que a de uma abelha”, afirma Pedro Ismael da Silva Júnior, do Instituto Butantan, em São Paulo.
Bem mais perigosos são o escorpião-marrom (Tityus bahiensis) e o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus). Essas espécies brasileiras medem apenas 6 cm, mas têm uma toxina bastante nociva. De cara, a picada causa uma tremenda dor, porque o veneno é neurotóxico, ou seja, age exatamente nas terminações nervosas responsáveis pelas sensações.
Depois, ele entra na corrente sanguínea e ataca o sistema nervoso, provocando liberação de adrenalina no organismo. Esse hormônio contrai os vasos sanguíneos, sobrecarregando o coração, o que pode levar à morte.
“De qualquer forma, mesmo no caso mais perigoso, raramente a picada é fatal”, explica o médico Francisco França, do Hospital Vital Brazil, em São Paulo. “As vítimas que não resistem em geral são crianças, mais frágeis.”
Para saber mais
Ciência Maluca, Carol Castro, Superinteressante, 2015