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Zona habitável de Alpha Centauri pode abrigar planeta gigante

A hipótese, feita a partir de imagens do telescópio James Webb, será estudada nos próximos anos.

Por Manuela Mourão
8 ago 2025, 19h00 • Atualizado em 12 ago 2025, 10h08
  • Por décadas, Alpha Centauri tem alimentado tanto a ficção científica quanto a curiosidade dos astrônomos. Localizado a apenas quatro anos-luz da Terra (confie: em termos astronômicos, isso é perto), o sistema triplo de estrelas é cenário imaginário de mundos alienígenas e viagens interestelares.

    Agora, uma equipe internacional apresentou evidências robustas de que um planeta orbita uma das estrelas semelhantes ao Sol no sistema vizinho. O possível mundo se encontra na borda da chamada “zona habitável” — a região em torno de uma estrela onde há condições para água líquida existir.

    Mas há um detalhe: acredita-se que o suposto planeta, com dimensões comparáveis às de Júpiter e massa similar à de Saturno, é gasoso, portanto incapaz de sustentar vida como a conhecemos. Ainda assim, caso a descoberta seja confirmada, ele se tornaria o planeta mais próximo já encontrado na zona habitável de uma estrela parecida com o Sol.

    A detecção foi feita com o Telescópio Espacial James Webb, da Nasa, e anunciada em dois artigos aceitos pela revista The Astrophysical Journal Letters

    Vizinho estelar

    Das três estrelas que compõem o sistema, duas delas — Alpha Centauri A e Alpha Centauri B — são parecidas com o nosso Sol (que é uma anã amarela) e orbitam uma à outra de forma próxima. A terceira, Proxima Centauri, é uma anã vermelha que circula mais distante e já é conhecida por abrigar exoplanetas (planetas fora do nosso Sistema Solar) detectados de forma indireta.

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    Dessa vez, o desafio foi capturar uma imagem direta, que é uma tarefa muito mais complicada. É preciso bloquear o brilho intenso da estrela hospedeira e eliminar interferências de luz próximas. “Com o Webb, isso começa a mudar”, disse em comunicado Aniket Sanghi, estudante de pós-graduação no Caltech e coautor do estudo.

    Em agosto do ano passado, o James Webb apontou para Alpha Centauri A. Com um aparelho chamado coronógrafo, usado para medir a camada mais externa da atmosfera de uma estrela, foi possível ocultar parte do brilho do objeto. Além disso, técnicas avançadas de processamento reduziram a interferência de Alpha Centauri B. Assim, os cientistas conseguiram detectar um tênue ponto de luz – que pode ser o tal novo planeta.

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    Ao longo de um ano, tentaram descartar hipóteses mais mundanas — como asteroides em trânsito, galáxias distantes ou artefatos da imagem. Nada se sustentou. “Tentamos de todas as formas matar esse objeto nas imagens, mas não conseguimos”, disse Sanghi. Logo, a hipótese que foi ganhando força é que o corpo é, de fato, um planeta.

    O suposto planeta completa uma órbita num tempo equivalente a dois anos terrestres. Sua distância em relação à estrela é de 1 a 2 vezes a separação entre a Terra e o Sol. Já a temperatura estimada é de –48 ºC.

    Próximos passos

    Para confirmar a descoberta, será preciso observá-lo novamente — seja com o próprio Webb, seja com futuros instrumentos como o Telescópio Extremamente Grande (em construção no Chile) ou o Telescópio Espacial Nancy Grace Roman, feito pela Nasa e com lançamento previsto para 2027.

    A técnica de imagem direta, embora desafiadora, é a única capaz de revelar dados detalhados sobre tamanho, massa, temperatura e composição atmosférica.

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