Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Super Black Friday: Revista em Casa por 9,90
Imagem Blog

Alexandre Versignassi

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti.

2020: o primeiro ano do fim da era do petróleo

Carros elétricos são silenciosos como uma como uma biblioteca, fazem bem para os pulmões e mais importante: podem dominar o mundo antes do que você imagina.

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 set 2024, 11h13 - Publicado em 22 nov 2016, 19h02

Não tem o que discutir: carros elétricos são melhores que carros a gasolina. Mas ainda falta combinar com a humanidade. Nossa rede elétrica hoje não conseguiria abastecer a frota mundial de 1,2 bilhão de carros – muito menos os 2 bilhões previstos para estarem rodando logo ali, em 2035. Pior: vá até a vaga de garagem do seu prédio e procure uma tomada. Você não vai encontrar – e como um carro elétrico leva coisa de oito horas para “encher o tanque” de elétrons, talvez fosse um péssimo negócio você trocar seu bebedor de gasolina de quatro rodas por uma versão com baterias de lítio.

Mas mesmo com todos esses noves fora, a Agência Internacional de Energia prevê que em 25 anos o número de carros elétricos terá saltado dos atuais 1 milhão de unidades para 150 milhões. Ainda não será o bastante para superar a quantidade de carro a gasolina, mas marcará algo inédito: pela primeira vez desde o início do século 20, a demanda por gasolina deixará de crescer. E dali em diante irá ladeira abaixo.

Tem gente na indústria do petróleo que acha essa previsão exagerada. Mas não no sentido que você deve estar imaginando. Simon Henry, executivo-chefe de finanças da anglo-holandesa Shell imagina que a demanda por gasolina deva começar a cair bem antes: ainda em 2020, disse à Bloomberg. Isso aconteceria não só graças à ascensão dos carros elétricos, mas a motores convencionais mais eficientes, etanol e carros híbridos, que unem motor elétrico e à combustão. No Brasil existem alguns desses, como o Toyota Prius e o Ford Fusion Hybrid. Já nos EUA praticamente todos os modelos à venda têm uma versão híbrida. Mais: os modelos mais velozes da Ferrari, da Porsche e da McLaren são carro híbridos, que usam a aceleração alucinante do motor elétrico para ajudar seus gigantescos motores a combustão (“É como usar energia solar para construir uma bomba atômica”, brincou o jornalista inglês Jeremy Clarkson depois de testar um McLaren híbrido de quase mil cavalos).

laferrari_site_low-copy
LA Ferrari, o híbrido de Marenello, e carro mais rápido da marca do cavalinho.
Continua após a publicidade

Seja como for, talvez o motor a combustão acabe completamente dispensável mesmo para quem só se importa com velocidade: o carro que acelera mais rápido hoje de zero a 100 km/h não é nem uma Ferrari, nem um Porsche nem uma McLaren. É um Tesla. O Model-S, carro mais caro da linha de montagem de Elon Musk (R$ 250 mil, nos EUA) ganhou um upgrade de software na semana passada que promete fazer o carro ir de zero a 100 em 2,4 segundos. Basicamente a aceleração de um Fórmula-1 (categoria que hoje também usa exclusivamente motores híbridos).

Não fica nisso. Se tudo der certo, o elétrico Tesla Model-3 deve se tornar logo um dos mais vendidos nos EUA. Ele ainda não entrou em produção, mas já 373 mil encomendas – o bastante para colocá-lo entre os cinco carros mais vendidos dos EUA.

Seja o CFO da Shell que esteja certo, seja a Agência Internacional de Energia, o fato é que a gasolina já tem mesmo prazo de validade. Melhor pra o mundo, melhor para os motoristas e pior só para os que apostavam o futuro do Brasil no pré-sal, cegos para o fato de que o mundo continuava girando.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SUPER BLACK FRIDAY

Digital Completo

Enquanto você lê isso, o mundo muda — e quem tem Superinteressante Digital sai na frente.
Tenha acesso imediato a ciência, tecnologia, comportamento e curiosidades que vão turbinar sua mente e te deixar sempre atualizado
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 3,99/mês
SUPER BLACK FRIDAY

Revista em Casa + Digital Completo

Superinteressante todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$47,88, equivalente a R$3,99/mês.