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Alexandre Versignassi

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti.
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2020: o primeiro ano do fim da era do petróleo

Carros elétricos são silenciosos como uma como uma biblioteca, fazem bem para os pulmões e mais importante: podem dominar o mundo antes do que você imagina.

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Atualizado em 22 set 2017, 16h21 - Publicado em 22 nov 2016, 19h02

Não tem o que discutir: carros elétricos são melhores que carros a gasolina. Mas ainda falta combinar com a humanidade. Nossa rede elétrica hoje não conseguiria abastecer a frota mundial de 1,2 bilhão de carros – muito menos os 2 bilhões previstos para estarem rodando logo ali, em 2035. Pior: vá até a vaga de garagem do seu prédio e procure uma tomada. Você não vai encontrar – e como um carro elétrico leva coisa de oito horas para “encher o tanque” de elétrons, talvez fosse um péssimo negócio você trocar seu bebedor de gasolina de quatro rodas por uma versão com baterias de lítio.

Mas mesmo com todos esses noves fora, a Agência Internacional de Energia prevê que em 25 anos o número de carros elétricos terá saltado dos atuais 1 milhão de unidades para 150 milhões. Ainda não será o bastante para superar a quantidade de carro a gasolina, mas marcará algo inédito: pela primeira vez desde o início do século 20, a demanda por gasolina deixará de crescer. E dali em diante irá ladeira abaixo.

Tem gente na indústria do petróleo que acha essa previsão exagerada. Mas não no sentido que você deve estar imaginando. Simon Henry, executivo-chefe de finanças da anglo-holandesa Shell imagina que a demanda por gasolina deva começar a cair bem antes: ainda em 2020, disse à Bloomberg. Isso aconteceria não só graças à ascensão dos carros elétricos, mas a motores convencionais mais eficientes, etanol e carros híbridos, que unem motor elétrico e à combustão. No Brasil existem alguns desses, como o Toyota Prius e o Ford Fusion Hybrid. Já nos EUA praticamente todos os modelos à venda têm uma versão híbrida. Mais: os modelos mais velozes da Ferrari, da Porsche e da McLaren são carro híbridos, que usam a aceleração alucinante do motor elétrico para ajudar seus gigantescos motores a combustão (“É como usar energia solar para construir uma bomba atômica”, brincou o jornalista inglês Jeremy Clarkson depois de testar um McLaren híbrido de quase mil cavalos).

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LA Ferrari, o híbrido de Marenello, e carro mais rápido da marca do cavalinho.

Seja como for, talvez o motor a combustão acabe completamente dispensável mesmo para quem só se importa com velocidade: o carro que acelera mais rápido hoje de zero a 100 km/h não é nem uma Ferrari, nem um Porsche nem uma McLaren. É um Tesla. O Model-S, carro mais caro da linha de montagem de Elon Musk (R$ 250 mil, nos EUA) ganhou um upgrade de software na semana passada que promete fazer o carro ir de zero a 100 em 2,4 segundos. Basicamente a aceleração de um Fórmula-1 (categoria que hoje também usa exclusivamente motores híbridos).

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Não fica nisso. Se tudo der certo, o elétrico Tesla Model-3 deve se tornar logo um dos mais vendidos nos EUA. Ele ainda não entrou em produção, mas já 373 mil encomendas – o bastante para colocá-lo entre os cinco carros mais vendidos dos EUA.

Seja o CFO da Shell que esteja certo, seja a Agência Internacional de Energia, o fato é que a gasolina já tem mesmo prazo de validade. Melhor pra o mundo, melhor para os motoristas e pior só para os que apostavam o futuro do Brasil no pré-sal, cegos para o fato de que o mundo continuava girando.

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