PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana
Imagem Blog

Alexandre Versignassi

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti.

Aborto não é questão de opinião. É questão de saúde pública

Enquanto o feto depende do corpo da mãe para se desenvolver, ele é parte integrante do corpo dela. Então acho que cabe só a ela decidir o que fazer com essa parte – chame-se essa parte embrião, feto ou Ludwig van Beethoven. Essa é a minha posição filosófica sobre o aborto. Se você acredita que […]

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 dez 2016, 08h49 - Publicado em 2 dez 2016, 14h39

crash-aborto

Enquanto o feto depende do corpo da mãe para se desenvolver, ele é parte integrante do corpo dela. Então acho que cabe só a ela decidir o que fazer com essa parte – chame-se essa parte embrião, feto ou Ludwig van Beethoven.

Essa é a minha posição filosófica sobre o aborto. Se você acredita que não, que a vida começa no momento em que espermatozoide e óvulo encerram suas existências independentes e se tornam uma coisa só, eu respeito. Mas a nossa discordância é irrelevante fora do mundo das ideias, porque no mundo real a legalização do aborto não é uma discussão filosófica. É uma questão de saúde pública.

Uma em cada cinco brasileiras que estão hoje nos últimos anos da vida reprodutiva (35 a 39 anos) já passaram por pelo menos um aborto voluntário, segundo um estudo famoso da Universidade de Brasília. Ou seja: pelos padrões vigentes neste momento, você, mulher, tem 20% de chance de chegar aos 40 já tendo induzido voluntariamente um aborto.

Continua após a publicidade

Diante disso, tecer leis e punições contra interrupção de gravidez me parece tão produtivo quanto legislar contra o consumo de oxigênio.

Pior. No mundo real, as leis anti-aborto só tornam o procedimento mais caro para quem pode pagar e mais arriscado para quem não pode. E quem não pode acaba apelando para gambiarras suicidas, extremamente arriscadas. Como a maioria não pode pagar, temos que as nossas leis anti-aborto são, elas sim, uma afronta contra a vida. Uma afronta contra a vida das mulheres pobres.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.