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Alexandre Versignassi Por Alexandre Versignassi Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti.
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O futuro dono da Apple tem 87 anos

E ele é mais aberto a mudanças do que você

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 1 mar 2018, 21h52 - Publicado em 27 fev 2018, 13h56
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  • Warren Buffett já é o terceiro maior acionista da Apple. O multibilionário do Nebraska é dono de 3% da empresa mais valiosa do mundo. É mais do que parece. À frente do Buffett, temos dois fundos institucionais, um com 7%, outro com 4% da Apple. Só. Os 3% de Buffet valem US$ 30 bilhões (seis vezes o valor de mercado da Embraer, para dar uma noção). São 167 milhões de ações. Tim Cook, CEO da Apple, tem “só” 900 mil.

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    E note que Buffet começou a comprar papéis da companhia outro dia, em 2016. Mantendo o ritmo, ele deve assumir logo a ponta, e se tornar virtualmente dono da companhia fundada por Steve Jobs. Jobs, diga-se, nunca foi um grande acionista da empresa que criou. Tinha só 11% das ações em 1980, quando a Apple entrou na bolsa. Não muito mais tarde, vendeu tudo – e usou parte do dinheiro para comprar um humilde estúdio de animação chamado Pixar, mas essa é outra história.    

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    Buffett tem 87 anos. Há quase cinco décadas, pelos padrões convencionais, é um sujeito “velho para o mercado”. Pois bem. Nessas cinco décadas, o S&P500 subiu 15 mil por cento. A Berkshire, holding de investimentos de Buffett, subiu 2,5 milhões por cento.

    Outro estigma que Buffett quebra é o da aversão a mudanças. Quanto mais velho você fica, mais a sua mente se aferra ao passado. Natural. (e se você desdenha das idiossincrasias do mais velhos no Whatsapp pode esperar: quando você estiver na reta final e a forma de comunicação mais corriqueira for a telepatia quântica, em tailandês, o desprezado será você).

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    Buffet, porém, parece imune a essa realidade. Há 30 anos, ele dizia preferir ações da Gillette (P&G) às da Apple ou da Microsoft, porque “não sabia se as empresas de tecnologia teriam futuro, mas sabia que  homens jamais vão deixar de fazer a barba”.

    Hoje os homens não fazem tanto a barba. E Buffett vendeu há tempos todas as suas ações da P&G.

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    Warren não faz tudo sozinho, claro. Tem assessores brilhantes. O principal, que ele nunca deixa de citar nos memorandos para os acionistas da Berkshire, é Charlie Munger, seu braço direito. Charlie tem 94 anos.

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    Outro tipo de investimento que Buffett detestava eram ações de companhias aéreas. Essas empresas, afinal, operam com margens de lucro famélicas, e basta uma subida inesperada no preço do petróleo para que metade delas decrete falência. Em 2007, Buffett disse que o melhor investimento possível nesse ramo seria voltar no tempo e matar Santos-Dumont (mentira: ele disse que seria para matar os Irmãos Wright – só mencionei o aviador mineiro para manter a leitura mais fluida).

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    Bom, as cias aéreas continuam sendo um negócio mais arriscado que a média. Buffett, porém, mudou de opinão. Hoje ele é dono de 8% da Southwest Airlines, primeira companhia low cost dos EUA, e de 7% da Delta – o que faz de Buffett sócio da Gol, já que a Delta é dona de um naco da aérea brasileira.

    Para justificar sua mudança de posição, Warren disse: “As companhias aéreas tiveram um primeiro século ruim. Mas o próximo me parece promissor”.

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