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Alexandre Versignassi Por Alexandre Versignassi Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti.
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Prisão de Lula: O que vai acontecer depois das 17h

Ao não se entregar imediatamente, Lula eleva a dimensão histórica de sua prisão.

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 6 abr 2018, 17h29 - Publicado em 6 abr 2018, 14h01
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  • O mandado de Moro exige que Lula se apresente na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, às 17h. A PF de São Paulo suavizou, dizendo que não: se o ex-presidente quiser, pode se entregar em São Paulo mesmo. Dali, seguiria à bordo de um avião da PF até o aeroporto Afonso Pena, na capital paranaense e, então, iria de helicóptero até a superintendência da Polícia Federal, onde seria detido numa sala usada normalmente como dormitório dos agentes.

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    Lula ficaria isolado de outros presos, de modo a ter garantida, de acordo com o mandado de Moro, “sua integridade física e mental”. Entre os outros presos ali estão o ex-ministro Antônio Palocci e o empreiteiro Leo Pinheiro, dono da OAS. Ambos deram depoimentos cruciais para a condenação de Lula.

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    Nesta manhã, o ex-presidente disse ao amigo Ricardo Kotcho, jornalista da Folha de S. Paulo, que não, não vai se entregar. Faz sentido. Lula entende que sua prisão tem caráter histórico (no que tem toda a razão). Em vez de ficar recluso em casa, então, instalou-se no lugar onde sua própria história começou – na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo.

    Seus advogados sugerem que ele se entregue. É que, dessa forma, seria mais simples conseguir uma prisão domiciliar. E, dada a idade e o status de Lula, isso poderia acontecer em questão de semanas, ou dias. Ou seja: a prisão do ex-presidente é basicamente um burocracia jurídica.

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    Lula, porém, tem uma visão menos pragmática dos fatos. Está disposto a desafiar a polícia a invadir o sindicato, diante de centenas ou milhares de apoiadores. E agora?

    Nada indica que a PF vá mobilizar uma centena de agentes para derrubar os portões da sede do sindicato caso Lula não se entregue. O mais provável é que Moro tenha de emitir um segundo mandado depois das 17h. Desta vez, não seria um pedido para que Lula se apresente, mas uma ordem para que a Polícia Federal de São Paulo busque e capture o ex-presidente. A presença de uma multidão no prédio, porém, pode tornar a empreitada inviável. Com isso, é possível que Lula passe pelo menos mais uma noite nas dependências do sindicato.

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    Caso Lula continue resistindo, a PF irá forçar sua entrada no prédio. E os policiais sairão de lá com o ex-presidente sob custódia diante de um mar gente, como se fossem soldados romanos levando Cristo para a cruz pelas ruas lotadas de Jerusalém. Se isso acontecer de fato, teremos um festival de imagens com dimensão histórica, que serão vistas e revistas por gerações. Lula, assim, transformaria uma mera burocracia jurídica num martírio messiânico – e isso é tudo o que está ao seu alcance agora.

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