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Alexandre Versignassi Por Alexandre Versignassi Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti.
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Quatro pistas do Oscar sobre o atraso do Brasil

O vice-presidente deles sobe no palco do Oscar para falar de abuso sexual. E  como fala: pede para que todos os espectadores “intervenham pessoalmente” contra esse crime, o mais varrido para baixo do tapete entre todos os crimes . Enquanto isso, o nosso vice é elogiado pela “boa gramática” de uma carta em que se […]

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Atualizado em 21 dez 2016, 09h49 - Publicado em 29 fev 2016, 14h24
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    O vice-presidente deles sobe no palco do Oscar para falar de abuso sexual. E  como fala: pede para que todos os espectadores “intervenham pessoalmente” contra esse crime, o mais varrido para baixo do tapete entre todos os crimes . Enquanto isso, o nosso vice é elogiado pela “boa gramática” de uma carta em que se lamenta da falta de apoio ao “deputado Edinho, a mim ligado”.

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    Então entra  a artista mais popular deles, Lady Gaga,  cantando um manifesto raivoso contra o estupro:”Você me diz  para ‘erguer a cabeça e ser forte’/Mas até que isso aconteça com você, você não vai saber o que estou sentido” (“You tell me ‘hold your head up’/’Hold your head up and be strong’/ (But) till it happens to you, you don’t know how it feels“.) E Gaga canta transmitindo a dor de uma mulher que foi estuprada – o que realmente aconteceu com ela. Cantou para um bilhão de pessoas e recebeu uma chuva de aplausos emocionados. Aqui não. Aqui “assunto polêmico” não entra em festa. A “felicidade” é obrigatória, imposta, com as emissoras e os artistas vendendo mundos de chocolate aos patrocinadores, apostando na idiotia do público – o que só retroalimenta a própria cultura da idiotia.

    Aí vem o host deles, Chris Rock, e profere um discurso inovador, que critica ao mesmo tempo o racismo e o vitimismo, sem decair para o mau humor. Aqui, esquece: a gente se vira com os monossílabos da Glória Pires.

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    Depois Louis CK chega, faz piada sobre a pobreza dos documentaristas, e aproveita para delicadamente chutar os sacos de que ganha dinheiro explorando causas sociais – citando Al Gore e Michael Moore. Aqui, liberamos dinheiro público para os milionários da cultura via Lei Rouanet. E ai de quem reclamar.

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    Continuo sem saber exatamente por que o Brasil não funciona. Mas acho que temos quatro pistas aqui.

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    Foto: Reprodução

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