Apple mostra iPhone 11 Pro, com três câmeras e função Deep Fusion
Recurso tira nove fotos quase simultâneas e emprega inteligência artificial para combinar os melhores pixels de cada uma delas; smartphone filma em 4K e captura dois vídeos ao mesmo tempo
Recurso tira nove fotos quase simultâneas e emprega inteligência artificial para combinar os melhores pixels de cada uma delas; smartphone filma em 4K e captura dois vídeos ao mesmo tempo
Acaba de terminar o evento da Apple no Steve Jobs Theater, na Califórnia. Ele começou com uma apresentação mais detalhada do serviço Apple Arcade, que vai custar US$ 4,99 por mês e dará acesso a games para iOS.
Os jogos parecem legais (especialmente os títulos mostrados pela Konami e pela Capcom). Mas não incluem nada avassalador, que possa fazer o Apple Arcade estourar – e alterar o balanço de forças no mercado de games. Saberemos quando o serviço for lançado, o que será bem logo: dia 19/setembro, em 150 países (provavelmente, incluindo o Brasil). O serviço de vídeo AppleTV+ será lançado um pouco depois: dia 1/novembro, em 100 países, a US$ 4,99 mensais. Promete séries exclusivas, mas o tamanho do acervo é uma incógnita. A Apple incluirá 1 ano dele, de graça, nos novos iPhones e iPads.
Em seguida, a empresa mostrou o iPad de 7a. geração. O design não é nada demais, mas a combinação de hardware e software é interessante, porque representa mais uma tentativa de transformar os tablets em computadores de verdade. O novo iPad tem tela de 10,2 polegadas, processador Apple A10 (com potência para sustentar as funções de multitarefa do iOS 13), browser “de desktop” (capaz, segundo a Apple, de rodar tudo o que um computador roda) e Smart Connector, para acoplar um teclado. Claramente, a proposta é substituir um notebook em cenários mais simples.
O preço do novo iPad, US$ 329, confirma essa intenção: é o mesmo valor de um laptop “de entrada”. O iOS, mesmo na versão 13, ainda é bem limitado se comparado a um sistema operacional como o macOS ou o Windows. Os notebooks vão continuar existindo por um bom tempo. Mas aos poucos (e sem canibalizar seus próprios Macbooks), a Apple vai se posicionando para um hipotético futuro pós-PC.
O Apple Watch Série 5 é bem parecido ao atual, com uma diferença importante: nele, o visor fica ligado o tempo inteiro (não só quando a pessoa levanta o pulso para consultar o relógio, como hoje). Segundo a Apple, isso não prejudica a duração da bateria, que continua sendo de 18 horas. O relógio terá versões em alumínio, aço, titânio e cerâmica, com preços a partir de US$ 399. É bem caro. Tanto que o Apple Watch Série 3 continuará no mercado, a US$ 199.
E, enfim, chegamos ao mais esperado. O iPhone 11 tem tela LCD de 6,11 polegadas, duas câmeras (uma normal e outra grande-angular, ambas de 12 megapixels) e um sistema de processamento de imagem que, segundo a Apple, executa mais de 1 trilhão de operações em cada foto – com direito a um modo noturno melhorado, como o presente no Google Pixel e no Galaxy S10. A câmera filma em resolução 4K, a 60 quadros por segundo, e seu sistema de estabilização de imagem parece bem impressionante – a Apple mostrou uma demonstração, gravada num carro em movimento, em que a câmera praticamente não treme, como se estivesse conectada a um steadicam.
O processador é o novo A13, que promete o dobro da performance do Snapdragon 855 (presente no Galaxy S10). Mas isso é segundo a Apple, em benchmarks escolhidos por ela. A conferir. A Apple falou rapidamente num “Face ID mais rápido”, mas não entrou em detalhes – como se ele é capaz de trabalhar em ângulos maiores (evitando que você tenha de colocar o iPhone bem em frente ao rosto para destravá-lo, como hoje). O iPhone 11 substitui o iPhone XR, e estará disponível em seis cores. Vai custar a partir de US$ 699.
Já o iPhone 11 Pro tem três câmeras: além da normal e da grande-angular, possui uma foto-objetiva, com 2x de zoom óptico. A empresa mostrou algumas imagens, tiradas com o aparelho, que impressionam pelo nível de detalhes. O aparelho também tem um recurso, chamado Deep Fusion, que tira nove fotos praticamente ao mesmo tempo (quatro delas antes mesmo que você aperte o disparador), usando ajustes de exposição diferentes, e usa inteligência artificial para combinar os melhores pixels de cada uma numa só imagem.
O smartphone filma em 4K, com um truque interessante: usando um app chamado Filmic, é possível gravar simultaneamente em duas das três câmeras (você pode deixar uma delas mais aberta, capturando o ambiente, e outra com zoom no rosto da pessoa que está sendo filmada, por exemplo). Interessante.
A tela do 11 Pro, que foi batizada de Super Retina XDR, é capaz de produzir 1.200 nits de brilho (contra 725 nits do iPhone XS Max), algo surpreendente em se tratando de uma OLED. O aparelho terá duas versões: 11 Pro, com tela de 5,8″, e 11 Pro Max, com tela de 6,5″. O processador é um A13, como no iPhone 11 “normal”. Segundo a Apple, a bateria do novo celular dura 4 a 5 horas a mais que a do iPhone XS atual. Preços: US$ 999 para o Pro, e US$ 1099 para o Pro Max. Os valores e a data de lançamento no Brasil não foram divulgados.