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Bruno Garattoni Por Bruno Garattoni Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.
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Cientistas de Wuhan também fizeram experiências com o vírus Mers-CoV, revela documento

Pesquisas de laboratório, que foram apoiadas pelos EUA, criaram híbridos do Mers com coronavírus de morcego; versão natural do Mers-CoV, descoberto em 2012, mata 35% dos infectados

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Atualizado em 26 out 2021, 17h06 - Publicado em 26 out 2021, 16h42
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    A revelação é do site The Intercept, que entrou na Justiça para obrigar o National Institutes of Health (NIH), do governo americano, a revelar mais uma parte da sua colaboração com o Instituto de Virologia de Wuhan, que durou cinco anos. No documento de 72 páginas, a ONG EcoHealth Alliance, que foi contratada pelo NIH para organizar as pesquisas com os cientistas chineses, presta contas do trabalho – e informa que ele incluiu manipulações genéticas no Mers-CoV, um coronavírus descoberto no Oriente Médio em 2012.

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    Ele leva à morte em 35% dos casos, ou seja, é muito mais letal do que o Sars-CoV-2 (embora o baixo número de infectados pelo Mers-CoV, que até hoje esteve limitado a pequenos surtos na Arábia Saudita e na Coreia do Sul, possa estar inflando um pouco esse número). Em seu relatório ao NIH, a EcoHealth relata que os cientistas chineses modificaram o Mers, inserindo nele fragmentos do HKU4, um coronavírus descoberto em morcegos no sul da China. 

    gráfico
    Ação infectante de vírus quiméricos, criados pela junção do Mers-CoV com coronavírus da família HKU4, em células humanas. A experiência foi realizada no Instituto de Virologia de Wuhan e relatada pela ONG EcoHealth Alliance ao governo dos EUA. (EcoHealth Alliance/Reprodução)

    O resultado foram quatro vírus quiméricos, ou seja, que não existem na natureza. Eles foram testados in vitro (em células humanas) e também in vivo, em ratos de laboratório – que foram “humanizados”, ou seja, geneticamente modificados para produzir o receptor celular hACE2, que o Sars-CoV-2 e outros coronavírus, como o Mers-CoV, usam para infectar células humanas.

    Já se sabia que o Instituto de Virologia de Wuhan havia conduzido experiências com outros coronavírus – incluindo o RaTG13, o ancestral conhecido mais próximo do Sars-CoV-2. E que nem sempre seguia as normas de segurança. Mas a revelação envolvendo o Mers-CoV coloca as coisas em outro patamar de risco. Trata-se de um vírus muito mais letal do que o Sars-CoV-2, e o eventual vazamento de uma quimera baseada nele (como os híbridos de Mers com HKU4 criados pelos cientistas chineses) teria consequências gravíssimas – podendo levar a uma pandemia de proporções apocalípticas, com muito mais mortes que a atual.  

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