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Bruno Garattoni

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Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.
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EUA anunciam medidas para tentar impedir o desenvolvimento de IAs chinesas

Governo barra a exportação de memórias de alta performance e proíbe negócios com 140 empresas e organizações chinesas; algoritmo Ernie, criado pelo portal Baidu, já é usado 1,5 bilhão de vezes por dia

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Atualizado em 2 dez 2024, 18h22 - Publicado em 2 dez 2024, 14h15

O governo dos EUA anunciou mais um pacote de medidas, o quarto em três anos, contra o setor de tecnologia chinês: proibiu a exportação de chips de memória do tipo HBM (High Bandwidth Memory), essenciais para os datacenters que rodam algoritmos de inteligência artificial, e adicionou 140 empresas e entidades chinesas à sua “lista negra” de comércio.

As novas normas não se aplicam apenas a corporações americanas, como a Nvidia. Se empresas de outros países desobedecerem essas diretrizes, podem sofrer sanções econômicas por parte dos EUA. Atualmente, as memórias HBM são fabricadas pelas coreanas Samsung e SK Hynix e pela americana Micron. 

A China ainda não domina essa tecnologia, e precisa importar chips HBM para montar seus datacenters de inteligência artificial. As memórias desse tipo são capazes de acessar dados em velocidades extremas, de até 1,2 terabyte por segundo. A indústria já se prepara para o lançamento do padrão HBM4, que deve chegar em 2025 e promete o dobro da performance. 

Os EUA alegam que seu objetivo é limitar a capacidade da China de desenvolver tecnologias militares e de IA. O ministério das relações exteriores chinês protestou, afirmando que os EUA estão “abusando de medidas de controle de exportações”, e as novas medidas “violam seriamente as leis da economia de mercado”.

Nos últimos anos, os EUA já haviam proibido a exportação de processadores e placas de IA para a China, bem como a venda das máquinas utilizadas para fabricar chips. As mais importantes são as máquinas de litografia ultravioleta extrema (EUV), produzidas pela empresa holandesa ASML – e usadas para fazer a maioria dos chips modernos. 

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A China não possui essa tecnologia: suas máquinas de litografia ainda são bem mais primitivas, e só conseguem fabricar chips com tecnologias mais antigas (com menor número de circuitos, e maior distância entre eles).  

A tensão geopolítica envolvendo Taiwan também tem a ver com isso. Lá fica a TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company), que é líder na produção de chips avançados – e possui várias máquinas de litografia ultravioleta extrema compradas da ASML. 

Se a China assumir o controle de Taiwan (que apenas 12 países reconhecem como nação independente), terá acesso a elas. Recentemente, a TSMC afirmou que suas máquinas seriam capazes de se autodestruir em caso de ocupação chinesa.

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Mesmo com as barreiras comerciais, o setor chinês de IA tem avançado rapidamente, e o país já possui mais de 200 serviços de IA. O principal é o Ernie (sigla em inglês para “representação aprimorada pela integração de conhecimento”), que foi criado pelo portal Baidu – e recebe 1,5 bilhão de consultas por dia.  

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