Eu mordi minha língua com Destiny. Sempre fui desconfiado com o ambicioso projeto da Acitivision com a Bungie – empresa que aprendi a admirar com o excelente trabalho de comunidade feito com Halo.
Talvez tenha sido birra pessoal por eles terem “abandonado” Master Chief e criado algo muito parecido, ou talvez culpa do péssimo trabalho da Activision em comunicar o quão único é Destiny.
Destiny é um MMORPG de Halo com um banho de Star Wars. Claro que seria tirar todo o crédito da produção limitar o jogo a essa definição, mas é a forma mais clara de entender do que se trata.
Após jogar por quase 10 horas o teste Beta de Destiny, posso afirmar que a Bungie conseguiu unir os dois gêneros, RPG online e Tiro em Primeira Pessoa, de forma satisfatória. Tudo que você faz nas fases, liberadas no Beta conforme seu progresso, aumenta sua barra de experiência até o momento do level up – da mesma forma como em World of Warcraft, por exemplo. Ao serem acertados, inimigos mostram sua barra de energia e o dano sofrido, outra característica marcante dos MMORPG’s. Só que tudo acontece em primeira pessoa e em cenários abertos, exatamente como as clássicas missões de Halo.
Entre as fases você tem acesso a um hub onde se pode comprar armas, equipamentos e demais itens. Lá você caminha ao mesmo tempo que diversos outros jogadores, e a sensação é estar em uma cidade principal de um RPG Online – a câmera, inclusive, muda a perspectiva para terceira pessoa.
Qualquer uma das seis fases da campanha disponíveis no Beta podem ser jogadas sozinho ou cooperativamente com mais dois jogadores em seu esquadrão. Mesmo quando se está sozinho, outros jogadores que estão cumprindo a mesma missão aparecem no mapa. Dessa forma o mundo de Destiny realmente parece habitado e vivo, algo que nenhum outro jogo do gênero para consoles havia conquistado até então.
No teste também pude jogar o multiplayer competitivo apelidado de “Crisol”. Talvez seja pela limitação de modos e habilidade do Beta, mas a modalidade arena foi a que menos me empolgou. É divertido jogar 5×5, claro, mas talvez eu tivesse ficado mais feliz com mapas simétricos. A pior parte, no entanto, é o narrador da dublagem em português. A voz e entonação do dublador escolhido não combinam nada com o estilo clássico de narração de partidas multiplayer.
Destiny é vibrante, as inspirações em clássicos da ficção científica como Star Wars ficam claras no estilo visual dos personagens, inimigos e até veículos; as naves e motos são muito parecidas com as vistas em Guerra nas Estrelas. A trilha sonora é outro show a parte. Durante a missão “Covil dos Demônios”, a última disponível no Beta, existe uma sequência quase insana de combates difíceis onde a trilha cria um clima impressionante, de perder o fôlego.
Se antes era uma incógnita, agora Destiny já é um dos jogos mais aguardados de 2014. Não vejo a hora de pegar a versão final e explorar esse mundo com amigos.