Mohammed Zaman, dono de um restaurante indiano na cidade de Easingwold, em North Yorkshire, Reino Unido, foi condenado a seis anos de prisão pelo assassinato de Paul Wilson, de 38 anos, em janeiro de 2014. Cliente fiel do Jaipur Spice, Wilson tinha alergia a nozes e pediu um curry que não continha o ingrediente. Ao invés disso, recebeu em sua casa um frango tikka masala, prato composto por uma infusão de temperos, vegetais e iogurte.
Na versão feita pelo Jaipur Spice, o frango continha um pouco de noz-moscada. Sem saber da presença do condimento, Wilson teve um choque anafilático e morreu minutos depois de dar a primeira garfada.
A gerência do restaurante mandou um e-mail para os seus fregueses pedindo perdão pela presença forte da imprensa e considera a sentença “no mínimo, desapontadora”. A mensagem ainda promove um novo tipo de bebida, servida somente aos sábados. Confira o e-mail enviado aos clientes:
“Pedimos desculpas sinceras para todos os nossos fiéis fregueses pela recente presença da imprensa na nossa filial em Easingwold e a decisão, no mínimo, desapontadora para o nosso pai-fundador Sr. Zaman. Erros foram cometidos e isso não é desculpa, mas agora é hora de seguir em frente, como deseja Zaman.
Nós estamos no processo de lançar um novo menu de sobremesas e contratamos um chefe-confeiteiro de Londres para isso. A nossa filosofia, criada pelo fundador, foi e ainda é de criar comida indiana original, verdadeira e com os mais altos padrões. Com sabores extasiantes e aromas sutis, Japur Spice transformará sua percepção da comida indiana. A diferença pode ser sentida no momento em que a comida chega.”
Depois do ocorrido, algumas pessoas prometeram nunca mais voltar ao estabelecimento. É o caso de Emma Forster, que comia no local toda semana, durante cinco anos, até a morte de Wilson. Para ela, o e-mail é “um dos erros mais crassos que já vi em uma desculpa”. Membro da Anaphylaxis Campaign, organização que promove a conscientização sobre alergias, Hazel Gowland discorda totalmente da postura do restaurante. “Eles têm uma calamidade, uma tragédia, uma morte em mãos e estão promovendo o negócio como se fosse acidental. É preocupante”.