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5 bons motivos para assistir ao remake de Robocop

Por Redação Super
Atualizado em 21 dez 2016, 09h20 - Publicado em 21 fev 2014, 19h20

Por Lucas Baranyi

Quando Tropa de Elite ganhou o Urso de Ouro em 2008, no Festival de Berlim, José Padilha deve ter imaginado que as coisas iriam mudar. O diretor já havia feito um trabalho incrível em Ônibus 174, mas a chance de ir além estava na sua frente. Dois anos depois, o cineasta lançou Tropa de Elite 2, mais um sucesso de público e crítica. Sem a possibilidade de um terceiro filme – nas palavras de Wagner Moura, protagonista dos dois “Tropa” e amigo íntimo de Padilha, a única trilogia possível já estava completa, começando pelo próprio  Ônibus 174 -, seu próximo projeto tornou-se um grande ponto de interrogação… Até a MGM convidá-lo para dirigir o remake de Robocop (1987), clássica história do policial que, depois de ser morto numa emboscada, serve como cobaia num experimento que mistura homem e máquina, para criar o policial perfeito.

Padilha aceitou.

Meses se passaram, fotos foram divulgadas, trailers deixaram fãs e não-fãs com a pulga atrás da orelha e, finalmente, o longa estreou nos cinemas do Brasil nessa sexta-feira (21) e todos podem respirar aliviados: Robocop (2014) é um baita filme – que a SUPER já assistiu e conta cinco coisas que você irá encontrar na telona (livre de spoilers).

 

1. O elenco

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É impossível não se animar com um filme que traz Samuel L. Jackson e Gary Oldman com liberdade suficiente para berrarem o quanto quiserem durante duas horas. O primeiro vive Pat Novak, um apresentador conservador muito parecido com algumas figuras que podemos encontrar na TV brasileira (e americana!). Ele é um dos principais apoiadores do “projeto Robocop”, e serve como um dos fios condutores da trama.

Já Oldman vive o Dr. Dennett Norton, responsável pela criação do homem-máquina e um dos poucos personagens do longa que demonstra um real conflito moral: seus reais esforços são para a medicina, para a vida. Seu papel, porém, é receber e cumprir ordens.

Ordens que, por sinal, vêm de Raymond Sellars, um tipo de Steve Jobs do mal interpretado por um ótimo Michael Keaton. O papel principal fica para Joel Kinnaman, ator sueco que surpreende pela segurança transmitida em todos os instantes que aparece na tela.

 

 2. Um remake de verdade

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Ou, pelo menos, a coisa mais próxima de um remake. O novo Robocop respeita a linha tênue entre adaptar uma obra para os tempos e ideias atuais sem perder o DNA do filme. Os cortes rápidos do filme, por exemplo, lembram muito o estilo retratado nos grandes longas policiais dos anos 80. A armadura de Alex Murphy é preta, mas isso se explica de uma maneira convincente – assim como muitas outras coisas espalhadas pelo roteiro.

Diferente da ganância das grandes indústrias, um dos principais pontos criticados pelo filme original, Padilha voltou o foco dessa história para o exagero norte-americano no uso de drones para fins militares. Uma atitude não só plausível, mas inteligente: o espaço entre os dois filmes não é só de 27 anos, mas de algumas guerras internacionais, (no mínimo) 5 grandes atentados e 2 presidentes norte-americanos extremamente favoráveis a intervenções militares e ao “combate ao terrorismo”.

 

3. O dedo na ferida

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Se o filme de 1987 conquistou pelo argumento e pela maneira com que envolvia seu espectador, o remake decide cutucar feridas norte-americanas que nunca conseguem se fechar: das “incursões militares em prol da democracia” feitas no Oriente Médio até o apoio incondicional a um sistema frio e violento, passando pela opinião pública facilmente manipulável. Padilha não poupou esforços para ser o mais questionador possível – e isso é bom. O único problema, porém, é que fazer isso em um filme de ação exigiria tempo. É aí que Robocop perde um pouco de sua glória: ele quer falar de muita coisa em apenas duas horas.

 

4. Gol do Brasil

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Assim como a maioria de nós torce por atletas brasileiros em competições internacionais, é muito difícil chegar ao final de Robocop sem esboçar um sorriso quando, na telona, surgem os dizeres “Dirigido por: José Padilha”. O diretor, dizem por aí, já está sendo sondado pela Marvel Studios para dirigir um dos próximos filmes da franquia de super-heróis.

Vale lembrar, porém, que o mérito não é só dele: Hollywood também recebeu Lula Carvalho e Daniel Rezende, responsáveis  pela fotografia e montagem do filme – e parceiros de Padilha, nessas mesmas funções, nos dois Tropa de Elite. Isso contribui para um filme que sabe ser sóbrio quando precisa e consegue, um minuto depois, deixar todo mundo colado na cadeira. As cenas de ação se assemelham àquela história que assistimos anos atrás, sobre um policial descobrindo que seu sonho de ser um policial do BOPE era muito mais tortuoso do que ele imaginava.

 

5. É divertido

Assim, sem precisar entrar em muitas tecnicalidades nem chover termos técnicos: Robocop é diversão garantida. A história de Alex Murphy com sua família é bonita (em uma das cenas, prepare-se para segurar as lágrimas), as cenas de ação são grandiosas (imagine Tropa de Elite com robôs e um orçamento multimilionário), o clima oitentista rende cenas engraçadas e descompromissadas e, ao mesmo tempo, é um filme que nos faz pensar sobre as questões de violência enfrentadas por todo o mundo. É um filme que vai dividir opiniões, mas deve agradar a grande maioria de seus espectadores.

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