Como o oftalmologista descobre o grau dos óculos de um bebê?
Felizmente, o teste das letrinhas não é o único recurso capaz de determinar o grau dos óculos.
O teste das letrinhas não é o único recurso capaz de determinar o grau dos óculos. O mais importante é o exame de refração – que você faz encaixando o rosto em uma máquina e olhando fixamente para frente. Ela emite feixes de luz e avalia se eles atravessam o cristalino – isto é, a lente do olho – no ângulo adequado para formar uma imagem nítida na retina.
Mas os bebês têm exames equivalentes às letrinhas. Como, por exemplo, quadrados listrados de preto e branco. Se o bebê para de prestar atenção nas listras conforme elas diminuem de espessura, é porque elas perderam definição e se tornaram um borrão cinza.
Ainda na maternidade, os recém-nascidos passam por uma série de exames, incluindo o chamado teste do olhinho ou teste do reflexo vermelho. O pediatra joga uma luz nos olhos do bebê que deve refletir em tons avermelhados, alaranjados ou amarelados. Qualquer coisa fora disso pode indicar problemas, o que pede por outros exames para descobrir se a criança tem estrabismo (desvio dos olhos), glaucoma (alta pressão do olho que pode levar a cegueira) ou catarata congênita (lente do olho mais turva).
E não se preocupe caso seu filho precise de óculos, porque existem alguns modelos específicos para as crianças, que proporcionam mais conforto. As hastes são flexíveis para não machucar o bebê, e possuem fechos para que não caiam toda hora.
Se o bebê tropeçar ou bater nas paredes, também não é problema, porque esses óculos usam lentes acrílicas resistentes, que não quebram com tanta facilidade. Se você for um adulto desastrado, saiba que o material acrílico não é exclusivo para os pequenos.
Fonte: Eduardo Rocha, chefe do Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da FMRP da USP.
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