Como se montam as duplas de vôlei de praia ou badminton?
Depende da modalidade. Existem duplas que disputam há 10 anos – e outras que se formaram logo antes das Olimpíadas.
Cada caso é um caso: as duplas podem se conhecer em seus clubes, em torneios de base ou por indicação do treinador.
“Ele analisa questões como características físicas, técnicas e demais habilidades com o objetivo de montar uma equipe de alto nível competitivo”, diz Sebástian Pereira, gerente-executivo de alto rendimento do Comitê Olímpico do Brasil (COB). “Além disso, a afinidade pessoal e, principalmente, de objetivos na carreira também é um fator relevante”.
Também existem olheiros das confederações de cada esporte, que vão aos jogos para pescar os atletas mais talentosos e juntá-los.
As vagas olímpicas costumam ser oferecidas às duplas, e não aos atletas individualmente. Por isso, em modalidades como vôlei de praia, nado sincronizado, remo, vela e saltos ornamentais, as duplas competem juntas durante (pelo menos) todo o ciclo olímpico, de quatro anos, para se classificar para os Jogos.
Além disso, alguns esportes em dupla exigem sincronismo e conhecimento muito profundo do parceiro. As velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze, por exemplo, estão há 10 anos juntas – e já conquistaram dois ouros olímpicos para o Brasil (Rio 2016 e Tóquio 2020).
Mas as duplas também podem mudar ao longo da carreira, e dos campeonatos. Um exemplo: a dupla Laura Pigossi e Luisa Stefani, do tênis, já se conhecia desde os 12 anos de idade, mas elas haviam jogado poucas vezes juntas.
Ambas foram convocadas para representar o Brasil uma semana antes das olimpíadas de Tóquio, graças a uma realocação feita pela federação internacional do esporte. Elas estavam na lista de espera da chave feminina e garantiram uma medalha de bronze inédita para o país. Depois, cada uma seguiu seu rumo, com outras parceiras.
A mudança de parceiro pode partir dos próprios atletas, do treinador, do clube ou da confederação responsável pela modalidade.
Pergunta de @julialucenasp, por meio do Instagram.
Fonte: Comitê Olímpico Brasileiro (COB).