PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana
Imagem Blog

Oráculo

Por aquele cara de Delfos Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Ser supremo detentor de toda a sabedoria. Envie sua pergunta pelo inbox do Instagram ou para o e-mail maria.costa@abril.com.br.

De onde vêm os órgãos usados para o estudo de anatomia?

Há várias possibilidades. Mesmo assim, a escassez de órgãos para o estudo de anatomia nas instituições de ensino superior é mais regra que exceção no país.

Por Luisa Costa
Atualizado em 6 set 2024, 10h23 - Publicado em 20 out 2022, 14h20

Geralmente de cadáveres “não reclamados” – o termo “indigente” agora é evitado por ser desrespeitoso com o morto. Uma lei de 1992, no mandato do presidente Itamar Franco, regulamentou essa distribuição. Ela determina, por exemplo, que só podem ser doados cadáveres de pessoas cuja morte tenha sido natural – resultado de doença ou senilidade, nunca de ação criminosa.

A doação do cadáver para ensino e pesquisa pode acontecer sem autorização prévia, quando não há informações sobre parentes ou responsáveis legais. Se o corpo do morto não for reclamado às autoridades públicas no prazo de 30 dias, já pode ir para as escolas de medicina.

Também existe a possibilidade de que os órgãos venham de doações autorizadas ainda em vida. Isso está previsto no Artigo 14 do Código Civil brasileiro: “É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte”.

Mesmo com todas essas possibilidades, a escassez de órgãos para o estudo de anatomia nas instituições de ensino superior é mais regra que exceção no país. Por isso, professores e estudantes precisam recorrer a modelos anatômicos de plástico ou programas de computador, que quebram o galho. Também existem simulações de realidade virtual – que, claro, ainda não chegam à altura dos órgãos reais.

Mais rara é a utilização de órgãos de animais. É o caso de um programa de treinamento que a Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular realiza anualmente e virou exemplo internacional. Esse projeto, no nível de pós-graduação, simula situações de centro cirúrgico com corações suínos – doados pela empresa Pamplona Alimentos, de Santa Catarina.

Continua após a publicidade

É outra maneira de oferecer treinamentos realísticos, porque o coração é um dos órgãos suínos bastante parecidos com os nossos. A semelhança é tanta que, nas últimas décadas, as pesquisas sobre transplantes entre diferentes espécies (os “xenotransplantes”) passaram a se concentrar nos porcos. Em janeiro deste ano aconteceu o primeiro transplante de coração de um porquinho geneticamente modificado para um ser humano. Mas era um caso de desespero. O tratamento experimental era a última opção do americano David Bennett, e não adiantou muito: o homem morreu dois meses depois.

Compartilhe essa matéria via:

Pergunta de Rigoberto Costa, Florianópolis, SC.

Fontes: Elizabeth Neves de Melo, Curadora do Acervo de Cadáveres Humanos da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Milton de Miranda Santoro, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.