Existe transplante de testículos? Se sim, de quem seria a carga genética?
Adaugean Eiras Furlani, Rio de Janeiro, RJ
Imaginação fértil a sua, Adaugean. Mas não, não existe.
Quando um testículo não funciona, o outro supre a demanda hormonal. Se o caso é de esterilidade, a opção mais simples é a reprodução assistida. Se a questão for estética, há próteses testiculares.
Mas façamos um exercício de imaginação para fecundar sua dúvida: se o transplante de testículos existisse, a expressão “trocando as bolas” iria além do literal: os espermatozoides, gerados por células espermatogênicas instaladas nos testículos desde as cinco semanas de gestação, teriam carga genética do doador. Ou seja, o receptor não seria pai biológico do próprio filho.
> 70 dias é o tempo que leva para um espermatozoide se formar, do zero.
Fontes: André Cavalcanti, professor de urologia da Unirio; Jean-Philippe Boucher, do Instituto de Câncer Testicular do Canadá