O que acontece com o corpo de quem “não tem onde cair morto”?
E se o cemitério público estiver lotado?
A leitora Barbara Maidel, de Blumenau, quer saber:
Se uma pessoa pobre e sem família morre e o cemitério público está lotado, o que fazem com o corpo dela?
Não se preocupe, Barbara: toda morbidez será respondida.
Algumas das principais capitais do Brasil criaram estratégias para que essa lotação não aconteça.
Uma pessoa sem família, pobre e que não tenha ninguém além do estado para cuidar do seu pós-vida pode ser enterrada como indigente (é, aquilo que toda mãe diz que acontecerá se o filho não sair de casa com o documento de identidade).
Ela não descansa em paz nem imóvel: depois de três anos enterrada em cemitério público, o corpo é exumado e cremado.
Caso o defunto não tenha sido identificado em momento nenhum, um pedaço pode se salvar da cremação. Ele vai ser usado no futuro para identificação póstuma de DNA e sua moradia final deve ser um ossário público – a menos que, em algum momento do processo, alguém identifique e reivindique o corpo (ou o que sobrou dele).
Por isso, siga o conselho de sua mãe. Ande sempre com o RG na carteira. Vai que…
Fonte: Prefeituras de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte