Assine SUPER por R$2,00/semana
Imagem Blog

Oráculo Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por aquele cara de Delfos
Ser supremo detentor de toda a sabedoria. Envie sua pergunta pelo inbox do Instagram ou para o e-mail maria.costa@abril.com.br.
Continua após publicidade

O que o Cinema Novo tinha de novo?

O mundo pagou para assistir a filmes brasileiros produzidos com “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”.

Por Alexandre Carvalho
Atualizado em 19 abr 2023, 11h53 - Publicado em 19 abr 2023, 11h53

Esse movimento foi o primeiro a chamar atenção internacional ao cinema que se fazia no Brasil. Surgiu na primeira metade dos anos 1960, como uma resposta aos sucessos de bilheteria da época: musicais, comédias e dramalhões que mimetizavam as produções hollywoodianas. Mas sem a expertise (nem a fortuna) da indústria americana, claro.  

Foi quando um grupo de jovens cineastas se aventurou a fazer obras de denúncia social, que se aproximavam de documentários (inspirados pelo neorrealismo italiano) e com uma linguagem inovadora, considerada poética: cortes abruptos nas cenas e o descompromisso com a linearidade da narrativa, característicos da Nouvelle Vague francesa (de Jean-Luc Godard). 

Em contraponto ao apelo das chanchadas comédias de humor ingênuo, com samba e Carnaval como pano de fundo , esses artistas criaram um cinema de arte engajada. O objetivo era mostrar a realidade dos morros cariocas, do cangaço, dos sertanejos pobres. Era a “estética da fome”, como definia o diretor mais representativo do movimento, Glauber Rocha (1939-1981). 

Conforme o país foi tomado pela Ditadura, os temas passaram a abordar também o questionamento político, como no hoje clássico Terra em Transe (1967), de Glauber, que inclui militares, candidatos populistas e corruptos entre seus personagens.

Continua após a publicidade

Esses artistas filmavam muitas vezes com recursos tão precários que seu lema era “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”. E não precisaram mesmo de muito mais que isso para fazer sucesso lá fora.

Glauber ganhou o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes, em 1968, por seu filme O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro. Ainda teve suas produções indicadas três vezes para a Palma de Ouro (melhor filme) desse Oscar francês.

Martin Scorsese é um cineasta do primeiro time americano que se disse influenciado pelo movimento brasileiro. “Eu vi os filmes do Cinema Novo, em 1969 ou 1970. Assisti a Terra em Transe e Os Fuzis [de Ruy Guerra] na versão original, sem legendas. Foi uma experiência muito, muito forte. Eu nunca tinha visto aquela combinação de estilos e a humanidade, a paixão tão poderosa desses dois filmes.” 

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.