Par ou ímpar é um jogo justo? Ou alguém sai na desvantagem?
É justo. Entenda o raciocínio por trás do mais eficaz resolvedor de disputas domésticas do Brasil.
É justo. Vamos entender o raciocínio que justifica a resposta. Ele começa com quatro afirmações básicas:
1. A soma de dois números pares sempre dá um número par (por exemplo: 2 + 2 = 4).
2. A soma de dois ímpares, também (por exemplo: 3 + 3 = 6).
3. O único jeito de se obter uma soma que dê ímpar é um dos jogadores escolher um número par e o outro, um número ímpar (2 + 3 = 5).
4. Com cinco dedos em cada mão, cada jogador pode jogar três números pares (0, 2 e 4) e três ímpares (1, 3 e 5).
Considerando tudo que é mencionado acima, a conclusão é: não importa qual dos números você jogue, sempre haverá 50% de chance de que o número escolhido pelo oponente seja da mesma categoria que o seu – e 50% de que seja da categoria oposta.
Se for da categoria oposta, ganhará quem escolheu ímpar. Se for da mesma categoria, ganhará quem escolheu par.
Assim, o resultado tem chances iguais de ser par ou ímpar.
Uma versão simplificada do jogo ilustra bem o mecanismo por trás dele. Imagine que os jogadores podem lançar apenas um ou dois dedos. Surge uma tabela com quatro possibilidades:
1. Os dois jogadores jogam um dedo (vence o par); 2. Os dois jogadores jogam dois dedos (vence o par); 3. O jogador par joga um dedo e o jogador ímpar, dois (vence o ímpar); 4. O jogador par joga dois dedos e o jogador ímpar, um (vence o ímpar).
Assim, temos 50% dos resultados favoráveis ao jogador ímpar e 50% favoráveis ao jogador par.
Pergunta de @oliveiramarilaine, via Instagram.