Para que e como são definidos os nomes de furacões?
Pergunta de Everton Tavano Santos, Igaraçú do Tietê, SP
Bons ventos me trouxeram até aqui para buscar seu sopro de sabedoria: para que e como são definidos os nomes de furacões?
Everton Tavano Santos, Igaraçú do Tietê, SP
Para identificar as tempestades tropicais mais facilmente.
Os nomes são definidos pela Organização Meteorológica Mundial (WMO), que mantém listas já definidas com os nomes por ano e região – dependendo se a origem é no Atlântico ou no Pacífico, por exemplo.
A nomeação segue a ordem alfabética, então o nome do primeiro furacão do ano sempre começa com A – as iniciais Q, U, X, Y e Z estão fora. Do início do século 20 até 1953, os furacões eram nomeados com uma letra.
Daí até 1979, só com nomes de mulher. A diversidade de gênero criou uma estatística curiosa: as universidades de Illinois e do Arizona (EUA) observaram, em 2014, que furacões “femininos” matam mais. Especula-se que a população se prepare menos para tempestades “femininas”.
Analisando 92 furacões nos EUA, entre 1950 e 2012 – com exceção do Katrina (2005) e do Audrey (1957), que mataram muito e distorceriam os dados –, a pesquisa revelou que um furacão masculino causa, em média, 15,15 mortes contra 41,84 provocadas pelos femininos.
O Harvey, que atingiu Houston em agosto de 2017, fugiu à regra e matou 51.
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Curiosidade extra: 22 mil pessoas foram vítimas do furacão mais mortal da história, que atingiu Antilhas, Bermuda, Porto Rico e EUA em 1780, quando nem se nomeavam esses fenômenos.
Fontes: National Hurricane Center (EUA), Rachel Albrecht, meteorologista da USP e pnas.org
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