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Por que é gostoso estourar espinhas?

Homem primata, catação selvagem: estamos diante de um caso clássico de 'Darwin explica".

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 23 out 2020, 09h39 - Publicado em 11 fev 2019, 18h47

Estourar as espinhas ativa um dos neurotransmissores mais famosos do nosso sistema nervoso: a dopamina, responsável pelo prazer.

Trata-se de um estímulo. Seu corpo fornece uma recompensa psicológica quando você faz algo bom para sua sobrevivência e reprodução, como sexo ou explodir minúsculos acúmulos de pus. Cutucar o nariz está na mesma categoria.

É instintivo para qualquer animal higienizar o próprio corpo. Isso diminui as chances de infecção por microorganismos. Ao longo de milhões de anos, um aumento hipotético na expectativa de vida média de Homo sapiens que achavam gostoso estourar espinhas teria sido suficiente para torná-los prevalentes na população. Nem tudo é adaptação: também pode ser que o instinto de espremer as danadinhas seja só um subproduto de um hábito mais antigo, como a catação (falaremos mais disso adiante).

Você já deve ter visto hábitos equivalentes em ação nos demais bichos. Cães e gatos se lambem e as aves usam o bico para remover parasitas da pelugem. Até insetos asseiam suas asas e membros.

Às vezes o seu cãozinho exagera e impede um machucado de cicatrizar por lambê-lo em excesso. O mesmo acontece com humanos que espremem espinhas errado, ou que insistem demasiadamente em uma espinha que já foi aniquilada. Por favor: controle seus instintos e não fique se apertando no espelho.

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Nossos primos primatas usam a catação – a remoção cuidadosa de detritos dos pelos uns dos outros – como forma de estabelecer e fortalecer vínculos sociais (e até sexuais) dentro de um bando. Nós não somos tão peludos, mas evidentemente herdamos a prática: que atire a primeira pedra quem nunca quis explodir o cravo alheio. São apenas provas de amor.

Posteriormente, seres humanos desenvolveram uma vida social complexa (cidades, sabe como é) e transtornos psicológicos como o stress e a ansiedade crônicos – que também podem se manifestar em animais, claro, mas de formas diferentes. O ato de estourar espinhas compulsivamente foi ressignificado como uma forma de obter alívio rápido e se adequar às normas de beleza.

Fonte: Dr. Caio Lamunier, dermatologista do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Pergunta enviada por Matheus de Jesus, cidade não identificada

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