Quais as chances de um namoro a distância dar certo?
Altas. Inclusive, ligeiramente mais altas que as de um namoro tradicional.
73%. Pelo menos é o que diz um levantamento do Centro de Estudos das Relações de Longa Distância, dos Estados Unidos. O critério de “dar certo”, para a pesquisa, foi durar mais de 6 meses. Nos EUA, mais de 7 milhões de casais têm um relação que sobrevive graças à internet e ao telefone.
Se 27% dos namoros a distância acabam antes dos seis meses, a situação para casais que vivem juntos, ou pelo menos próximos, é… pior. De acordo com o instituto, 30% dos namoros de carne e osso acabam nos primeiros seis meses. Sim: a chance do namoro a distância durar mais é ligeiramente maior.
Outro estudo (afinal, estudo tem de monte), realizado por Mary Carole Pistole, da Purdue University (EUA), também concluiu que esse tipo de relação tende a durar tanto tempo – e às vezes mais – que as relações em que o casal está próximo.
As explicações são bem plausíveis, vai vendo: “Casais separados pela distância têm uma comunicação mais aberta, falam mais sobre o relacionamento, têm menos discussões triviais, separam o horário de trabalho do de namoro. Ou seja, têm mais tempo de qualidade juntos, o que pode criar uma proximidade que não é encontrada em casais que se veem todos os dias”, explicou a pesquisadora, que é PhD em aconselhamento psicológico.
Pesquisadores da Universidade da Cidade de Hong Kong e da Universidade Cornell (EUA) também chegaram a uma conclusão surpreendente. Segundo eles, uma relação a distância pode aumentar a intimidade do casal pelo simples fato de que é preciso um esforço para manter a comunicação. Os cientistas fizeram um estudo 63 casais heterossexuais, sendo que metade mantinha uma relação separada por muitos quilômetros.
Ou seja, guarde esse argumento quando disser a sua pessoa amada que pegue metrô, carro-de-boi, caminhão, diligência, trem-bala, cruzeiro do Roberto Carlos, bicicleta do Itaú, skate e pogobol para te ver. É por uma boa causa.