Se você morrer em outro país, pode doar seus órgãos por lá?
Cada país tem suas regras – no Brasil, a resposta é sim: gringos que morrem por aqui podem deixar seus órgãos conosco se assim desejarem.
Cada país tem suas regras. Nos EUA, por exemplo, visitantes podem doar seus órgãos caso passem desta para a melhor durante uma viagem. (Gugu Liberato, que morreu na Flórida em 2019, fez sua doação por lá.)
A Administração de Recursos e Serviços de Saúde americana explica que “os órgãos são dados aos pacientes de acordo com a necessidade médica, não a cidadania”.
Já a Espanha permite apenas que estrangeiros com residência permanente no país sejam doadores – rins e fígados de visitantes não são aceitos. ⠀
Mas vale lembrar que o país é o maior doador de órgãos do mundo e, para alcançar esse patamar, contou com uma intensa campanha para incluir seus imigrantes legais na doação de órgãos.
O Brasil segue o exemplo dos EUA: gringos podem deixar seus órgãos. Por outro lado, se um turista estrangeiro precisar receber uma doação, ele não pode entrar na fila do transplante – a prioridade é dos brasileiros.
A cirurgia só pode rolar em território nacional se o doador for cônjuge, companheiro ou parente de até quarto grau do turista. E há uma exceção para essa regra caso o estado de saúde do estrangeiro torne impossível transferi-lo com vida para seu país de origem.⠀
Pergunta de @carolbeene, via Instagram.
Fonte: José Eduardo Afonso Jr., Coordenador Médico da Programa de Transplantes da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. ⠀
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