Revista em casa por apenas R$ 9,90/mês
Imagem Blog

Oráculo

Por aquele cara de Delfos Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Ser supremo detentor de toda a sabedoria. Envie sua pergunta pelo inbox do Instagram ou para o e-mail maria.costa@abril.com.br.
Continua após publicidade

Uma mulher pode carregar dois bebês de pais diferentes ao mesmo tempo?

É raro, mas acontece. O nome disso é superfecundação heteropaternal.

Por Caio César Pereira, Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 18 jul 2024, 12h11 - Publicado em 28 dez 2023, 10h00

Sim. O nome desse evento raro é superfecundação heteropaternal. Para conseguir, uma mulher “tem de liberar, em um mesmo ciclo, dois óvulos – e então, ter relações sexuais com dois homens diferentes dentro de até 24h”, explica Juliana Meola, professora da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto (FMRP).

Essa coincidência entre ovulação dupla e uma transa dupla desprotegida é rara: em setembro de 2022, um caso de gêmeos heteropaternais registrado em Goiás foi apenas o vigésimo da história da literatura médica mundial. O caso, inclusive, inspirou a novela brasileira ‘Pedaço de Mim’, em que Liana (Juliana Paes) passa por essa situação. A trama pode ser acompanhada na Netflix.

Um estudo analisou uma base de dados com 39 mil resultados de testes de paternidade e descobriu que apenas 2,4% deles envolviam episódios de superfecundação heteroparental gerando gêmeos dizigóticos. Considere que só uma parcela pequena da população faz esses testes e é fácil concluir que se trata um evento raríssimo.

É evidente, porém, que esse fenômeno é subnotificado. Só é possível comprová-lo com um teste de DNA – e ainda que uma mãe esteja achando seus gêmeos diferentes demais, a maior parte das pessoas sequer imagina que essa façanha reprodutiva seja possível.

Continua após a publicidade

Além disso, estudos como citado acima têm uma limitação demográfica, já que a prevalência de gêmeos heteropaternais pode mudar conforme a população. Mulheres de etnias diferentes terão genes ligeiramente diferentes (o que muda as chances de uma ovulação dupla) e estão mergulhadas em culturas diferentes (o que muda a frequência com que se faz sexo com parceiros distintos).

Assim, as conclusões de um país não podem ser generalizadas para outros. Estudos distintos já chegaram a números tão díspares quanto 1 em cada 400 pares de gêmeos vs. 1 em cada 13 mil pares de gêmeos. Em animais com ninhadas maiores, porém, a fecundação heteroparental é muito comum.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.