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Contra desmatamento, China quer trocar hashis de madeira por talheres de metal

Cada vez mais popular em várias partes do mundo, o tradicional consumo de comida oriental com hashis de madeira pode estar com os dias contados – pelo menos na China. Em evento nacional, que contou com a presença de diversos líderes chineses, Bai Guangxin, presidente do Grupo de Indústria Florestal da província de Jilin, fez […]

Por Débora Spitzcovsky
Atualizado em 21 dez 2016, 10h33 - Publicado em 20 mar 2013, 10h00
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    Cada vez mais popular em várias partes do mundo, o tradicional consumo de comida oriental com hashis de madeira pode estar com os dias contados – pelo menos na China. Em evento nacional, que contou com a presença de diversos líderes chineses, Bai Guangxin, presidente do Grupo de Indústria Florestal da província de Jilin, fez uma declaração chocante: por ano, o país produz 80 bilhões de pares de hashi de madeira, que são descartáveis.

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    Além de gerar muito lixo, a fabricação impacta as florestas da China: uma árvore com cerca de duas décadas de existência rende, apenas, quatro mil pauzinhos, o que implica na derrubada anual de cerca de 20 milhões de árvores adultas para sustentar o hábito cultural.

    A solução proposta por Guangxin? Acabar com a tradição! Ele defende que os chineses parem de utilizar hashis de madeira e optem pelos de plástico, reutilizáveis, ou se rendam de uma vez por todas aos talheres de metal. A segunda opção, mais chocante, seria a melhor, na opinião do ambientalista. Segundo ele, a vida útil dos pauzinhos de plástico é menor do que a dos talheres de metal, além da reciclagem do material ainda deixar muito a desejar.

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    A luta contra os hashis de madeira não é de hoje. Em 2006, o governo chinês instituiu imposto de 5% sobre a fabricação do produto na tentativa de impactar a indústria. Em 2010, foi a vez do Greenpeace tentar conscientizar a população: a entidade utilizou 80 mil pares de pauzinhos para montar árvores, que ficaram em exposição na área externa de um movimentado shopping de Beijing. A ideia era mostrar aos cidadãos que os objetos não “nascem em árvores”, mas sim derivam delas e, portanto, deveriam ser consumidos com mais consciência. As iniciativas, no entanto, foram em vão e o uso do produto só cresceu no país.

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    Há quatro anos, o presidente chinês Hu Jintao anunciou que o país pretendia aumentar sua cobertura florestal em 40 milhões de hectares até 2020. Segundo Guangxin, a promessa só terá chance de ser cumprida se a população abrir mão dos hashis de madeira – e, consequentemente, de uma tradição milenar.

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    Será que as florestas estão com esse prestígio todo?

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    Fotos: brainflakes./Creative Commons e Greenpeace/Divulgação

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