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Em 20 anos, chocolate vai ser mais caro que caviar

Aproveite enquanto é tempo Fato: a demanda por chocolate é muito maior que a quantidade de cacau cultivada no planeta. O mundo por trás das barrinhas deliciosas que compramos na padaria, no supermercado e até na drogaria da esquina está crise. Séria. A começar pela própria planta, que não cresce em qualquer lugar, apenas em […]

Por Livia Aguiar
Atualizado em 21 dez 2016, 10h30 - Publicado em 12 nov 2010, 09h33
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    Aproveite enquanto é tempo

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    Fato: a demanda por chocolate é muito maior que a quantidade de cacau cultivada no planeta. O mundo por trás das barrinhas deliciosas que compramos na padaria, no supermercado e até na drogaria da esquina está crise. Séria.

    A começar pela própria planta, que não cresce em qualquer lugar, apenas em regiões quentes que estejam entre os 10 graus de latitude ao norte e ao sul do Equador. Outro problema grande é que, apesar de países como o Brasil e México também plantarem cacau, as três nações que lideram a produção sofrem com guerras-civis e desastres naturais: os africanos Costa do Marfim (líder na produção de cacau, 46% de sua população possui até 14 anos) e Gana (2º maior produtor da fruta, a expectativa de vida é de 56 anos) e a Indonésia (atingido pelo Tsunami de 2004) na Oceania.

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    Além de problemas externos à plantação de cacau em si, há os agravantes estruturais: o solo nesta região da África está empobrecido e os trabalhadores das fazendas recebem apenas 3 centavos de dólar por cada barra de 60 centavos vendida na Inglaterra. O cultivo de cacau é difícil e não compensa por tão pouco salário: as árvores eventualmente morrem e, para escapar das pragas que mataram as árvores, é preciso mudar-se para outra área de floresta, plantar novos cacaueiros e esperar cinco anos até que frutifiquem. Devastação á vista.

    Os filhos dos trabalhadores das fazendas de cacau estão desestimulados a seguir a profissão dos pais – não sem razão – e têm migrado continuamente para as cidades em busca de melhores empregos e condições de vida. Quem fica, acaba por mudar de ramo e cultivar plantas mais rentáveis, como a palma, utilizada para fabricação de biocombustíveis.

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    Quer mais? O número de apreciadores de chocolate está crescendo, devido à expansão de mercado para países onde tradicionalmente não se consome chocolate: Índia e China – os dois países mais populosos do mundo.

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    Como lidar com tudo isso e evitar a extinção total do chocolate?
    Pesquisadores estão desenvolvendo cacaueiros que consigam crescer em regiões mais frias e iniciativas para aumentar o pagamento dos produtores de cacau também estão feitas, mas ainda de forma tímida.

    É possível “salvar” o chocolate, mas isso vai encarecer o seu preço até ele voltar a ser uma iguaria como era na época do descobrimento da América: para poucos, a preço de ouro.

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