Fake Plastic Trees contra o CO2!
A banda inglesa Radiohead já as usou para nomear uma música que fala sobre o consumismo exacerbado. As famigeradas “fake plastic trees” (ou árvores plásticas de mentira, em tradução bem livre e literal) agora saem de um significado vazio e negativo para serem estrelas da salvação do planeta. E contra o maior vilão do aquecimento global: o gás carbônico.
Klaus Lackner, da Columbia University em Nova York, desenvolveu uma tecnologia que faz exatamente o que uma árvore natural faz. Tradicionalmente, as plantas capturam o dióxido de carbono da atmosfera para realizar a fotossíntese. As árvores de Lackner, por serem sintéticas, não fazem – claro! – fotossíntese. Mas, segundo seu criador, elas capturam mil vezes mais CO2 da atmosfera do que as naturais.
As árvores sintéticas possuem componentes químicos, como o hidróxido de sódio, que transformam o gás em um sal chamado carbonato de sódio. Depois que a capacidade dos filtros atinge a máxima quantidade, eles são lavados e estocados. Dessa forma, o CO2 é retirado do ar e mantido, temporariamente, em local seguro.
Para se ter uma idéia da eficiência da invenção, em um único ano, uma árvore sintética compacta consegue capturar 90 mil toneladas de dióxido de carbono, o que representa praticamente as emissões de 15 mil carros todos os anos. E, prepare-se: de acordo com Lackner, o CO2 pode ser convertido em um hidrocarboneto líquido similar à gasolina ou ao diesel. Ou seja, mais uma alternativa às fontes não-renováveis. O grande empecilho, como sempre, é o preço. O inventor diz que ainda é muito caro conseguir converter o gás em um líquido possível de ser comercializado.
Outro grande problema é saber como estocar o CO2 capturado pelos filtros de forma segura. Eles estão estudando possibilidades de injetar o gás no fundo dos oceanos, uma vez que sua densidade é maior do que a da água.
De qualquer forma, a “fake plastic tree” pode representar, também, algo bom.
com informações do The San Diego Union-Tribune