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Mortes por causas climáticas dobram em 2010

No ano passado, 10 mil vidas foram perdidas em desastres climáticos. Nos primeiros nove meses de 2010, este número mais que dobrou: 21 mil mortes, segundo relatório da Oxfam*, organização humanitária internacional. O documento, intitulado “Agora, mais que nunca: negociações sobre o clima que funcionem para quem mais precisa delas”, foi lançado ontem, 29, primeiro […]

Por Livia Aguiar
Atualizado em 21 dez 2016, 10h33 - Publicado em 1 dez 2010, 08h55
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    No ano passado, 10 mil vidas foram perdidas em desastres climáticos. Nos primeiros nove meses de 2010, este número mais que dobrou: 21 mil mortes, segundo relatório da Oxfam*, organização humanitária internacional.

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    O documento, intitulado “Agora, mais que nunca: negociações sobre o clima que funcionem para quem mais precisa delas”, foi lançado ontem, 29, primeiro dia da COP16 – Conferência da Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas, da qual participam representantes de 194 partes (193 países + União Europeia).

    “Cancún (onde ocorre a COP16) não vai ver os governos cruzarem a linha de chegada (que é desaceleração das mudanças climáticas), mas eles podem dar passos vitais para trazer essa linha de volta à vista”, diz o relatório, com esperança.

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    Infelizmente, o resto do documento é bastante desalentador:
    – 2010 já viu o menor nível de água do Rio Negro, na bacia do Amazonas;
    – as temperaturas mais altas já alcançadas na Ásia (53,7ºC), na Rússia;
    – inundações que mataram mais de 2 mil pessoas no Paquistão;
    – o terceiro nível de gelo mais baixo do oceano Ártico
    – inundações na China que afetaram 140 milhões de pessoas (com secas igualmente severas, que atingiram 51 milhões de chineses).

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    Se barrar o aquecimento global por completo é impossível, subir apenas dois graus na temperatura (que é a meta firmada na COP15, no ano passado em Copenhague) parece igualmente utópico. Mas o relatório da Oxfam acredita que há como reverter essas mudanças climáticas e apresenta três frentes de atuação que considera mais importantes: 1. Estabelecimento de um fundo global para o clima, destinado às pessoas pobres, especialmente mulheres, como carro-chefe do progresso sobre o financiamento do clima; 2. O fim de compromissos de mitigação dos países desenvolvidos e aceitação de que eles não serão suficientes para mandar o aquecimento global abaixo de 1,5ºC – e fazer algo a respeito; 3. Chegar a um consenso para um acordo abrangente que seja compreensivo, justo, ambicioso e que comprometa a todos, tanto para o Protocolo de Kyoto e Ação de Cooperação de Longo Prazo (AWG-LCA).

    Um único dólar investido em adaptação economiza 60 dólares em contenção de danos, informa o documento. “Os países devem identificar novas formas de arrecadar bilhões de dólares necessários, como impondo tarifas sobre as emissões não-reguladas da aviação e da navegação internacionais, e aceitando uma Taxa de Transações Financeiras sobre os bancos”, sugere Tim Gore, autor do relatório, em nota no site da Oxfam.

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    Reduzir a temperatura da Terra é praticamente impossível (e muito, muito caro). Por isso, é preciso deixar os egos de lado e atuar em conjunto para que isso não aconteça. Parece fácil?

    *Oxfam

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    (imagem: Newsbeats via Flickr Commons)

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