10 explicações para termos comuns na internet
Por Luíza Antunes
Na internet, nos acostumamos com termos que surgem de repente, sem muita explicação, e que passam a fazer parte do nosso dia a dia. Tão comuns que nem perdemos tempo tentando entender porque diabos alguém deu esse nome tão estranho para alguma coisa na web. Mas você não precisa ser hacker para saber: com a ajuda de alguns sites e do Google, descobrimos os significados de trolls, memes, blogs, etc. Confira a lista com as 10 explicações para termos comuns na internet:
1. TROLL
“Não alimente os trolls” é uma frase que deveria figurar na sessão de comentários de muitos sites. Irritante, engraçado ou provocador, troll é o nome dado para designar as pessoas que semeiam a discórdia na internet. O verbo “trollar” surgiu do mesmo termo e significa enganar, zombar, etc. A origem vem do folclore escandinavo e de antigos mitos infantis, em que o troll é um gigante ou demônio, vilão das histórias. A palavra começou a ser usada na web no final dos anos 80, quando usuários mais antigos pregavam peças (“trollavam“) os novos usuários.
2. SITE
As páginas que visitamos todos os dias na internet tem um nome em inglês: site ou website. Em português, também usamos os termos sítio ou sítio eletrônico. Mas não, o termo não tem nada a ver com fazenda. Quando a internet foi criada, Tim Berners-Lee deu o nome de World Wide Web, algo como “grande teia global”. Cada ponto de união dessa teia é um local com hipertextos. Daí, o nome não é nada criativo: para caracterizar um “local na teia”, são usadas as palavras em inglês para local (site) e teia (web).
3. HACKER
O hacker é uma espécie de pirata moderno, que, com grandes conhecimentos de tecnologia, acessa informações sem autorização de seus donos. Apesar da associação com crime, hackear antigamente significava ser bom com objetos eletrônicos, um talento tão específico que criou uma espécie de comunidade. O substantivo “hack” em inglês significa, entre outras coisas,”enxada”, e o adjetivo vem da ideia de que essas pessoas trabalhavam duramente para entender os softwares. Esses hackers positivos ainda existem e preferem chamar os criminosos da área de crackers.
4. GOOGLE
O Google é uma das maiores empresas do mundo e seu nome se tornou quase um sinônimo para pesquisas na internet. Mas tem quem se pergunte o porquê da escolha de um nome assim para um site de buscas. Bom, jogamos a pergunta no Google, o próprio, e a resposta é a seguinte: os fundadores Larry Page e Sergey Brin decidiram fazer um trocadilho com “googol”, um termo matemático que representa o número com dígito 1 seguido de cem dígitos 0. O número quase infinito pareceu uma boa palavra para representar a ideia de organização das informações infinitas que estão na web.
5. FIREWALL
O firewall é um programa de proteção usado em computadores para defender os sistemas de vírus, hackers e outras ameaças. A palavra, que significa “parede antichamas” em inglês, foi escolhida porque, assim como a barreira física construída para impedir que prédios peguem fogo, suas paredes (walls) online protegem os computadores do perigo.
6. COOKIES
Na internet, cookies são pequenas informações suas que são armazenadas quando você visita um site. Para quem não sabe, cookies também são biscoitos, em inglês. Ok, mas o que uma coisa tem a ver com a outra? Bem, segundo o inventor do termo, Lou Montulli, a palavra derivou do antigo termo “magic cookies”, que basicamente significava a mesma coisa. Acredita-se que os tais “biscoitos mágicos” são uma referência a antigos videogames, quando os jogadores tinham que coletar “magic cookies” para avançar no jogo.
7. SPAM
Uma coisa é fato: ninguém suporta spams. O termo é usado para designar todo aquele lixo eletrônico não solicitado que chega diariamente no seu e-mail. Quem diria que a explicação para a palavra surgiu da comédia. No programa de esquetes britânico Monty Python, um dos quadros mostrou um jantar que servia spam (Spiced Ham ou Presunto Apimentado) em todos os pratos. Com isso, todos os personagens gritavam a palavra spam várias vezes. Mais tarde, o termo acabou pegando na internet, associado a coisas irritantes e repetitivas.
8. MOUSE
Em tempos de touchscreen, o mouse começa a ficar ultrapassado. Mas muita gente ainda usa esse aparelhinho que ajuda na navegação dos computadores. Agora, de onde surgiu o nome mouse (rato, em inglês)? Bem, nem o seu inventor, Douglas Engelbart, sabe. Segundo ele, ninguém na equipe de criação lembra direito porque começaram a usar o nome e que talvez seja porque o objeto se parecia com um rato com cauda. Porém, segundo Roger Bates, um designer que trabalhava no laboratório na época, o termo surgiu porque o cursor na tela dos computadores se chamava CAT (gato, em inglês) e eles decidiram apelidar o aparelho de mouse para acompanhar.
9. MEME
Ah, o meme, esse fenômeno da internet que viraliza ideias, pessoas ou ações. Os memes são uma parte importante da nossa cultura popular hoje em dia. Afinal, quem nunca usou uma #trollface ou disse #quedeselegante? A explicação do termo vem de um livro chamado “O Gene Egoísta”, publicado em 1976. O autor, Richard Dawkins, buscava uma palavra para descrever o ato de imitação cultural e escolheu o termo grego “mimeme”, que significa “imitar”. O cientista decidiu condensar a palavra para meme, para que rimasse com “gene”. Décadas mais tarde, o termo saiu do campo das ciências naturais e passou a ser usado na internet.
10. BLOG
Blogs são espaços que temos para compartilhar posts e links, de uma forma mais pessoal e interativa. O nome surgiu do encurtamento de weblog (Web = internet; Log = registro). Jorn Barger criou a palavra em 1997, para se referir ao seu website “Robot Wisdom”, que registrava (logged) suas reflexões. Com o tempo, a forma encurtada ficou popular e virou o temo oficial.