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10 mestres da falsificação de arte

Por Redação Super
Atualizado em 21 dez 2016, 10h12 - Publicado em 22 jan 2015, 14h14

Por Raquel Sodré

A economia mundial não passa por um de seus melhores períodos. Desde a crise financeira que atingiu os Estados Unidos em 2008 e acabou afetando drasticamente a Europa em 2009, não vivemos nossos dias mais prósperos. Mas um mercado não se abalou: o da arte. Aliás, há quatro anos ele vem apresentando crescimento e movimentando somas cada vez maiores. Em 2011, a venda de obras de arte movimentou US$ 11,57 bilhões (US$ 2 bilhões a mais do que em 2010), segundo o balanço anual da Artprice (maior banco de dados de arte do mundo). Em 2013, o balanço registrou um novo recorde e superou os US$ 12 bilhões.

O que esses números querem dizer é que ricaços mundo afora continuam pagando milhões em obras de arte vendidas em leilões. Mas nem todas elas são legítimas. Alguns analistas chegam a dizer que metade de todas as obras de arte que circulam no mundo é falsa (!!!). Hoje a SUPER lista os mestres da falsificação de arte, que já ganharam fama própria por suas cópias.

 

10. Eric Hebborn (1934 – 1996)

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Hebborn se formou em artes pela London’s Royal Academy of Art e foi seduzido pelo lado negro da Força quando um famoso marchand (negociador de obras de arte) londrino comprou um desenho original seu e depois vendeu por um preço bem acima do original. Hebborn afirmou ter produzido cerca de mil fraudes de desenhos de artistas como Peter Paul Rubens, Rafael, Anthony van Dyck e Nicolas Poussin. As falsificações foram vendidas em leilões de prestigiosas casas para colecionadores de arte. Hebborn foi assassinado em Roma, em 1996, depois de ter escrito duas obras de memórias de sua carreira.

 

9. William Sykes (século XVIII)

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Forjar uma obra prima de arte não é só fazer uma cópia convincente. No século XVIII, o pintor inglês William Sykes convenceu o Duque de Devonshire que a pintura anônima de um santo não identificado era, na verdade, um trabalho de Jan van Eyck, artista cujos trabalhos alcançaram as maiores cifras da história em leilões.

 

8. Han van Meegeren (1889 – 1947)

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Holandês, Van Meegeren não queria ser um falsificador. Ele só queria ser reconhecido como artista, mas não encontrou espaço no mercado de arte para suas obras originais. Então, ele começou a replicar o estilo do também holandês Johannes Vermeer. As obras eram tão boas, que começaram a ser vendidas no mercado de arte por milhões como se fossem os originais. E Van Meegeren deixou (pagando bem, que mal tem, não é mesmo?). Ele foi se beneficiando dessas fraudes até o dia em que um de seus trabalhos foi parar na coleção particular de Hermann Göring, um alto oficial do governo nazista, e as investigações levaram a polícia holandesa até van Meegeren. Ele foi preso por traição porque se recusou a revelar o proprietário original da obra. Diante da possibilidade de ser condenado à pena de morte, o artista foi forçado a confessar a falsificação. Mas seu trabalho era tão bom, que ele teve que provar que era mesmo o autor falsificando um outro trabalho na cadeia, enquanto os policiais observavam.

 

7. Tom Keating (1917 – 1984)

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Este artista inglês foi mais um que se voltou para as fraudes depois que seu trabalho autoral levou um fora do mercado de arte. Ele criou mais de 2.000 falsificações de mais de 100 artistas. Depois de ter sido descoberto e ter cumprido pena, Keating finalmente foi reconhecido como artista e viveu seus dias de celebridade: ele estrelou um programa na TV inglesa no qual ensinava jovens pintores a copiar trabalhos famosos. Em 1984, quando Keating morreu, a famosa casa de leilão Christie’s leiloou 204 de seus trabalhos. Todos originais.

 

6. Elmyr de Hory (1906 – 1946)

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O passado trambiqueiro obscuro do húngaro Elmyr de Hory só foi descoberto depois de seu suicídio durante investigações sobre fraudes de arte em 1976. Nessa época, foram revelados novos fatos sobre seus trabalhos de falsificação de artistas renomados, como Modigliani, Degas, Picasso e Matisse. De Hory fez cerca de mil falsificações durante toda a sua carreira. Algumas de suas obras estão em circulação até hoje. Com o passar do tempo, as cópias passaram a ser apreciadas como trabalhos em si, e algumas de suas falsificações de Modigliani e Monet estão à venda na San Francisco’s Terrain Gallery pela bagatela de US$ 20 milhões.

 

5. John Myatt (1945 -)

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Este foi mais um dos falsificadores que viraram celebridade depois de serem desmascarados. Myatt produziu cerca de 200 falsificações de artistas como Matisse, Giacometti, Braque, Picasso, Le Corbusier, Monet e Renoir. Muitos de seus trabalhos foram vendidos (como originais) em tradicionais casas de leilão, como Philips, Sothebys e Christie’s. Myatt foi preso pela Scotland Yard em 1995, e as investigações estimaram que a venda de seus trabalhos tenha rendido a ele algo em torno de US$ 165 mil. Depois de ter cumprido um ano de prisão, o pintor continuou a trabalhar e chegou a vender quadros por US$ 45 mil. Mais tarde, ele apresentou um programa de TV chamado “Mastering the Art”, no qual passava o pulo do gato de como copiar os trabalhos de outros artistas.

 

4. Os Greenhalgh

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Aqui temos os Irmãos Metralha da falsificação de arte. Shaun Greenhalgh junto com sua mãe, Olive, e seu pai, George, forjaram esculturas, pinturas e objetos raros durante quase duas décadas na Inglaterra. Eles fizeram réplicas de LS Lowry, Barbara Hepworth e Paul Gauguin, entre outros. A venda de suas falsificações rendeu a eles cerca de US$ 11 milhões durante os 17 anos de trabalho na área. A falsificação mais famosa que a família conseguiu fazer foi enganar o Museu Bolton e convencê-lo a comprar uma escultura egípcia falsa da Princessa Amarna por US$ 440 mil. Os metralhas da arte foram condenados pela Scotland Yard a uma pena de quatro anos e oito meses de cadeia.

 

3. Icilio Federico Joni (1866 – 1946)

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Joni tinha uma vítima predileta: o historiador Bernard Berenson, que comprou falsificações do artista por vários anos. Quando descobriu que havia sido passado para trás, Berenson viajou para a Itália. Você pensa que ele quebrou o barraco na frente do atelier de Joni? Não. Berenson foi, na verdade, demonstrar sua admiração! Dizem as más línguas que o historiador depois passou o prejuízo para a frente e vendeu várias das falsificações de Joni como originais. Outras, ele guardou em seu acervo pessoal como lembranças. Em 1936, Joni publicou um livro de memórias intitulado “Affairs of a Painter” – apesar das várias tentativas de propina que ele recebeu de antigos colecionadores de arte para não fazê-lo.

 

2. Mark Landis (1955 -)

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Muito diferente do perfil do falsificador que deseja ganhar rios de dinheiro com a venda de reproduções de outros artistas, Mark Landis doa suas obras. Acredita-se que ele já tenha doado mais de 100 trabalhos falsificados para museus de 20 Estados dos EUA. Para tornar essas doações mais verossímeis, ele usa nomes falsos. Já chegou até a se vestir como padre jesuíta para doar um quadro. A história que ele conta é que começou a falsificar e doar quadros para agradar sua mãe e homenagear seu pai. E aí ficou viciado no tratamento VIP que recebia das equipes dos museus. Dizem que ele nunca recebeu dinheiro ou isenção fiscal por suas doações.

 

1. Michelangelo Buonarrotti (1475 – 1564)

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Não, este número 1 da nossa lista não é um erro e, sim, estamos falando DO Michelangelo, aquele que emprestou seu nome para uma das tartarugas-ninja e pintou toda a Capela Sistina (quem diria, hein, sr. Michelangelo??). Ele começou sua carreira vendendo uma de suas primeiras esculturas, “Eros Adormecido”, como uma estátua romana antiga para conseguir um valor melhor na obra. Com a ajuda de um marchand, Michelangelo danificou a obra de propósito para simular os efeitos do tempo e, então, a “descobriu” mais tarde como uma escultura antiga.

 

Bônus

O ator norte-americano Steve Martin (“O Pai da Noiva”, 1991) se envolveu em um escândalo de falsificação de arte entre 2004 e 2006. Ele, que é um colecionador ávido de obras de arte, comprou uma obra que, teoricamente, era do pintor expressionista alemão Heinrich Campendonk. Mas a obra era uma falsificação. Martin vendeu o quadro dois anos depois de tê-lo comprado e tomou um baita prejuízo (as perdas totais estão avaliadas em US$ 49 milhões). Em 2011, as investigações descobriram que o quadro pertencia a uma quadrilha de falsificação alemã que já colocou pelo menos 30 trabalhos no mercado

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