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7 artes marciais praticadas mundo afora (que você provavelmente não vai ver na TV)

Por Jessica Soares
Atualizado em 21 dez 2016, 10h11 - Publicado em 31 jul 2013, 13h38

Esqueça os ensinamentos do Sr. Miyagi, a inventividade de Jackie Chan, os movimentos letais de Chuck Norris e os passos leves de Anderson Silva. Espalhadas pelo mundo, e bem longe das lentes e telas de cinema, centenas de diferentes artes marciais são praticadas. Entre aquelas ligadas a manifestações tradicionais, a competições esportivas e a defesa pessoal, conheça 7 artes marciais praticadas mundo afora que você provavelmente não conhecia:

 

1. Bartitsu

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Origem: Inglaterra

Depois de viver três anos no império japonês, o inglês Edward William Barton-Wright anunciou, em 1898, a criação de uma “nova arte da defesa pessoal”, que combinaria os melhores elementos de diferentes estilos de luta. O nome da inovadora arte era Bartitsu, mas ela ganhou o mundo como “baritsu”. Foi assim que Sir Arthur Conan Doyle se referiu ao estilo de luta nos clássicos livros de Sherlock Holmes. E não foi qualquer menção: em A casa vazia, conto de 1903, o detetive relata que foi graças à luta que conseguiu escapar de seu arqui-inimigo Professor Moriarty. Apesar da notoriedade, a arte sofreu declínio e deixou de ser praticada nos anos 1920. Em 2002, foi fundada a Bartitsu Society que busca o resgate e fomento luta criada por Edward Barton-Wright.

 

2. Angampora

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Origem: Sri Lanka

Técnicas de combate, defesa pessoal e meditação se misturam nesta milenar arte marcial praticada no Sri Lanka. Segundo o folclore local, a Angampora existe há mais de 30 mil anos e incorpora tanto embates corpo-a-corpo, como combates armados. O objetivo final da luta é aplicar um bloqueio de submissão no oponente, de forma que seja impossível escapar. Mas o que realmente diferencia esta arte das demais presentes nesta lista é a utilização de ataques pontuais de pressão: os mais habilidosos conseguem infligir dor ou paralisar permanentemente o adversário com golpes certeiros. Beatrix Kiddo certamente aprovaria.

 

3. Dambe

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Origem: África do Sul, Nigéria

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Dentro da arena, os oponentes andam em círculos, encarando e analisando o adversário. Ao redor, o público vibra ao som dos tambores, que ditam o ritmo dos movimentos. É assim que tem início uma luta de dambe, forma tradicional de boxe praticada em países do continente africano. Nessa luta de três rounds não há luvas encobrindo as mãos – apenas um dos braços, chamado de “lança”, é envolvido por pedaços de corda. A mão livre é chamada de “escudo”, e (como o nome diz) deve ser usada para bloquear as investidas do adversário, que tem o objetivo de derrubar o oponente. Hoje os torneios estão ligados aos festivais de colheita, que recebem os combates como uma de suas atrações. Mas antes, a luta já serviu até como preparação para a guerra. Então, o risco era bem maior: além do braço, era costume também que uma das pernas fosse envolvida por uma pesada corrente, que ajudava a deferir golpes ainda mais potentes. Você encararia?

Leia também: Pancadaria cristã

 

4. Huka-Huka

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Origem: Brasil

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Luta tradicional dos povos indígenas do Xingu e dos índios Bakairi, do Mato Grosso, a huka-huka coloca em teste a força e vitalidade dos jovens. Praticada durante o Quarup, um ritual de homenagem aos mortos ilustres, a luta tem início com os lutadores ajoelhados, que giram em círculo anti-horário em frente ao oponente até avançarem para a luta corporal. O objetivo é levantar o adversário e derrubá-lo no chão, mas o vencedor não leva para casa uma medalha: o prêmio, cobiçado por todos, é o reconhecimento e o respeito.

 

5. El Juego del Garrote

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Origem: Venezuela

El juego del garrote (ou “jogo de bastões”, em português) é um tradicional sistema de defesa pessoal venezuelano. Não se sabe ao certo quando a prática teve início, mas, em 1810, a Gazeta de Caracas já fazia referência à luta que teria surgido entre os escravos e camponeses que passaram a usar seus instrumentos de trabalho (bastões, facões e facas) para se defender. Semelhante à esgrima espanhola, a luta se baseia em uma série de movimentos para evitar ser atingido pelo bastão do adversário – e, é claro, conseguir investir golpes contra o oponente.

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6. Evala

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(via)

Origem: Togo

Praticada principalmente pelo povo Kabyé, que vive no Togo, no oeste do continente africano, a Evala não é apenas uma luta – é também parte de um rito de passagem, que marca a entrada de jovens na vida adulta. Muito antes de enfrentarem um oponente, os jovens participam de um treinamento intensivo, que inclui a tarefa (eliminatória) de escalar três montanhas: quem não é bem sucedido não pode ser iniciado na maioridade. #fuén. Já no “ringue”, ninguém é eliminado, mas a derrota não é levada na esportiva – perder é considerado uma grande vergonha para toda a família no “novo adulto”.

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7. Luta de azeite

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Origem: Turquia

O esporte nacional da Turquia pode parecer um tanto esquisito para os desavisados. Na yağlı güreş, ou “luta de azeite”, os dois oponentes se besuntam com óleo antes de se enfrentarem. Ganha o combate o lutador que primeiro erguer o outro acima do próprio corpo. Mas, como está tudo bem ~escorregadio~ por lá, a luta tem uma regra peculiar: os oponentes podem colocar a mão dentro do calção de couro usado pelo adversário (conhecido como kisbet) para conseguir aplicar golpes e erguê-lo aos céus. O-kay.

Leia também: A arte de lutar

 

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