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9 hinos nacionais mais comoventes

Por Livia Aguiar
Atualizado em 21 dez 2016, 10h12 - Publicado em 10 ago 2011, 19h02

hino-nacional

Hinos nacionais existem para evocar a história do país, o sentimento patriótico de seu povo e reconhecer as lutas pelas quais ele passou para formar uma nação. O hino nacional brasileiro não segue a regra à risca: sua letra exalta belezas naturais do país, mas ignora batalhas, reis, presidentes e lutas. E, convenhamos, nossa canção nacional é muito mais emotiva do que compreensível. A música foi composta em 1931, mas a letra definitiva, que usamos hoje, foi escolhida em concurso em 1909, após algumas trocas – de governo e de versos.

Alguns países possuem hinos com músicas mais militares, outras cheias de drama. As letras podem ser poéticas ou diretas, relatar as batalhas de criação da nação, relembrar os heróis mortos, as tradições dos que venceram e o destino justo dos que foram derrotados. Abaixo, confira alguns dos hinos com aberturas mais comoventes do planeta e tente conter as lágrimas.

Argélia
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“Juramos pelo raio que nos destrói,
pelos rios de sangue generoso derramado,
pelas brilhantes bandeiras que ondulam
que estamos em uma revolta…”

O nome desde hino é Qassaman, que significa “Nos comprometemos”. A letra foi escrita literalmente com o sangue de seu autor, Mufdi Zakariah, em 1956, enquanto ele estava na prisão. Adotado em 1963, pouco após a independência do país, é um dos poucos hinos que fazem referência direta a outro país (a colonizadora França).

Bolívia
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“Bolivianos, um destino propício coroou nossas esperanças,
já é livre este solo, sua condição servil já acabou”

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Também chamado de “Bolivianos, um Destino Propício”, teve a música composta por um italiano – Leopoldo Benedetto Vincenti. O letrista foi José Ignacio de Sanjinés, um dos redatores da declaração de independência da Bolívia e da primeira constituição boliviana. Foi adotado em 1845 e tem traduções para as línguas indígenas Aymara, Quéchua e Moxeño.

Burkina Faso
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“Contra a escravidão humilhante de mil anos
a voracidade veio de longe para subjulgá-los por cem anos.
Contra a malícia cínica em forma de neocolonialismo e seus servidores locais,
muitos se renderam e alguns outros resistiram…”


Este hino tem o nome de “Uma noite apenas” e é bastante militar. Ele conta a história da noite decisória para a independência da região. Foi escrito e adotado pelo presidente Thomas Sankara em 1984, ano em que o país adotou o nome de Burkina Faso.

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Guiné-Bissau
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“Sol, suor, verde e mar,
séculos de dor e de esperança;
esta é a terra de nossos ancestrais”

Este dá pra gente entender bem a letra, porque é em português e essa gravação no youtube está boa! “Esta é a nossa pátria bem amada”, é um hino alegre, bem diferente de muitos dessa lista. Ainda que fale de lutas para chegar à independência, a letra foca na fecundidade dos esforços para criação da nação. Adotado no ano de sua independência, em 1974, foi escrito por Amílcar Cabral. Era o hino de Cabo Verde até 1996, quando este adotou outro para si.

Luxemburgo
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“Onde se vê devagar o Alzette fluir,
o Sure faz travessuras loucas”

O hino deste pequeno país na Europa começa com a imagem de rios brincando. Legal, ainda que a melodia seja um pouco séria demais para esses versos. “Nossa terra natal”, como é chamado deste hino, teve a letra escrita em 1859 e a música composta em 1864. Foi adotado em 1895 como hino nacional.

Paraguai
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“Aos povos da infeliz América,
três séculos oprimidos sob um cetro.
Mas um dia, um com sua paixão se erguendo,
‘Basta’, disseram eles e quebraram o cetro”

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“Paraguaios, república ou morte!”, este é o título do hino paraguaio, que tem versão oficial em espanhol e em guaraní. A letra foi escrita por Francisco Acuña de Figueroa em 1846 – ele também escreveu o hino do Uruguai, abaixo na lista. A música tem uma longa e alegre introdução instrumental, tem um trecho triste e arrastado, mas finaliza alegre – sua autoria é incerta. Alguns afirmam que foi escrita pelo próprio Figueroa, outros que o francês Francisco de Dupuis é o seu compositor.

Senegal
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“Todos dedilhem seus koras,
toquem os balafons,
o leão vermelho rugiu,
o domador do mato com um salto
dispersou a tristeza”

Adotado em 1960, “Dedilhem seus koras, toquem seus balafons” foi escrito pelo primeiro presidente do Senegal, Léopold Sédar Senghor. A música é de Herbert Pepper. A letra faz referência a dois instrumentos musicais senegaleses: o kora (um tipo de harpa) e o balafon (um xilofone de madeira). É bem difícil achar este hino cantado com qualidade no Youtube, então acima está uma versão de um coral, gravada em sua capital, Dakar. Uma pena que não é executado por koras e balafons…

Taiwan
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“Nosso partido reverencia os três princípios da democracia”

A chamada República da China, ou Taiwan, tem um hino composto por membros do Kuomintang, Partido Nacionalista Chinês que saiu da China continental com a tomada do poder pelo Partido Comunista e fundou Taiwan. Seu hino já começa cutucando a China continental, defendendo a democracia (palavra que meio que não existe por lá). A letra foi escrita como discurso de abertura do líder do Partido Nacionalista em uma cerimônia da academia militar local em 1924, mas comoveu tanto que foi elevado a Hino Nacional em 1943.

Uruguai
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“Compatriotas do leste,
nosso país ou o túmulo!”

O Hino Nacional do Uruguay é o mais longo do mundo: tem aproximadamente seis minutos. A letra – escrita por Francisco Acuña de Figueroa, autor também do hino paraguaio – foi declarada como oficial em 1833, oito anos após a declaração de independência do país. A música oficial demorou um pouco mais: foi oficializado em 1848. A letra fala muito de morte e de batalhas, mas não especifica quais. O hino é tão comprido que existe também em uma versão resumida (assim como há gente que só cante a primeira metade do hino brasileiro).

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